jueves, 10 de noviembre de 2016

As teorias da arquitetura contemporânea dos brancos e dos cinzentos.

As teorias da arquitetura contemporânea dos brancos e dos cinzentos.
Jorge Villavisencio.

Neste ensaio faremos nosso aporte a o que se denomina as possíveis teorias da arquitetura contemporânea dos brancos e dos cinzentos. Com a chegada do século XXI, muitas pessoas arquitetos, filósofos, sociólogos, ambientalistas, etc., se têm preocupado do porque projetamos nossas cidades e seus edifícios desta forma, é claro, as teorias da arquitetura e do urbanismo tentam explicar sua produção.


Do passado ao presente.

No primeiro lugar com o termino da arquitetura moderna, e da chegada do pós-modernismo no final da década dos anos 60 e inicio dos 70, teve uma serie de ataques dos estilos que vinha aplicando no mundo todo. Mais esta nova forma de ser, se comenta seriam incapazes de explicar suas teorias, uma espécie de antimodernismo, penso para criar uma nova percepção de uma arquitetura que procure explicar uma serie de questões que poderiam ser relevantes para a arquitetura contemporânea.

C.001 – Edifício Portland (1980) Oregon – Michel Graves.
Fonte: Pinterest.

Tanto nos Estados Unidos e na Europa na época dos anos 70, as produções da arquitetura, não se tinha uma preocupação social. Mais bem uma preocupação em relação às outras condicionantes mais chegadas ao sentimento estético, da forma, e da tecnologia.


Os fundamentos.

Mais existia uma serie de arquitetos e escritórios de arquitetura que eram fies a arquitetura moderna, é claro entendemos que a arquitetura moderna teve uma ruptura com a tradição, um racionalismo mais condescendente a uma realidade com bases solidas, más com conceitos amplos, (para citar alguns: atitude racionalista, higiene, sonho de ordem, ar otimista, preocupação com espacialidade, bases matemáticas e da geometria e modulação, cuidados normativos, civilidade, entre outros), que forem se assentado através de vários séculos. Com a chegada do Iluminismo e principalmente com a Revolução Francesa nos finais do século XVIII (1789), a nossa maneira de ver abre um novo ambiente na arquitetura moderna, os novos pensamentos dos Congressos Internacionais da Arquitetura Moderna – CIAM, com pensamentos e acaloradas discussões e de seus legados dos grandes mestres da arquitetura moderna como Claude Nicolas Ledoux (1736-1806), Karl Friedrich Schinkel (1791-1841), Le Corbusier (1897-1965), Mies van der Rohe (1886-1969), Adolf Loos (1870-1933), Alvar Aalto (1898-1976), Theo van Doesburg (1883-1931), Louis Sullivan (1856-1924), Louis Kahn (1901-1974), Frank Lloyd Wright (1867-1959), entre outros importantes arquitetos que deixarem suas marcas indeléveis. As Escolas de Arquitetura como da Bauhaus de Walter Gropius (1883-1969), o pensamento utópico do barão Georges-Eugène Haussmann (1809-1891) e suas intervenções em Paris, entre outros abrirem precedente.

C.002 – Casa Santa Monica (1978) Califórnia – Frank Ghery.
Fonte: Pinterest.

Consideramos que a contemporaneidade tem sim precedentes com a modernidade, não é questão de só esquecer o passado, e o presente só é valido. O precedente é importante, também não e uma questão historicista, a história nos ensina, assim foi, é assim será, até porque é preciso entender o passado para entender o presente e o futuro.


O futuro é agora.

Mais existe sim uma ruptura, “Essas eram as aspirações dos artistas modernos. Todos os movimentos que eles criaram, independentemente de suas singularidades, estão ligados às noções de novo e ruptura... era preciso que a arte se tornasse tão inovadora e radical quanto à vida”. (Canton, 2009:18-19).

C.003 – Edifice American Telefone and Telegraph - AT&T (1982) New York – Phillip Johnson.
Fonte: L´espace du débat.

Pensamos que uma das afirmações importantes da arquitetura contemporânea está ligada e este pensamento. “Também faziam afirmações sobre a lógica tectônica superior a seus projetos, a maior honestidade na expressão da estrutura e a elevada fidelidade aos imperativos dos materiais e da tecnologia contemporâneos”. (Ghirardo, 2009:26)

Não temos duvida, primeiro que a estrutura como um todo mantem a forma da edificação, e inclusive faz parte do partido arquitetônico, segundo a materialidade do edifício hoje também faz parte do partido e do processo criativo da arquitetura contemporânea, terceiro a tecnologia está presente em todo momento do ser contemporâneo, cada dia nasce uma nova forma tecnológica que alivia e colabora com o processo construtivo e criativo.


Os brancos e os cinzentos.

Explica-se que nos Estados unidos nasce à ideia conhecida como os “brancos” que são: Peter Eisenman (1932-), Richard Meier (1934-), Charles Gwathmey (1938-2009) e Michel Graves (1934-2015), que de alguma forma seguiam as benevolências da arquitetura moderna, “... uma estética pura e polida” (Ghirardo, 2009:27). Por outro lado os “cinzentos” de Robert Venturi (1925-), Charles Moore (1925-1993) {ver imagem C.006}, Robert Sten (1939-), “... rejeitavam cada vez mais a aparência branca em favor dos estilos históricos e elementos arquitetônicos.” (Ghirardo, 2009:27), todos estes ocupavam muitas paginas das revistas dos anos 70.

C.004 – Casa do Bombeiro, Fábrica Vitra (1994) Well-am-Rhein, Alemanha – Zaha Hadid.
Fonte: Cimento Itambé.

Mais também na Europa se defendiam criações historicistas do grupo dos brancos como do arquiteto britânico Quilan Terry (1937-), do arquiteto luxemburguês Leon Krier (1943-) {ver imagem C.005}, do arquiteto e professor italiano Paolo Portoghesi (1931-), todos estes amplamente divulgados nas mídias, tanto nos sites da internet ou por médios escritos.
Mais com o passar do tempo alguns forem mudando como do caso de Michel Graves com seu famoso Edifício Portland (1980) em Oregon {ver imagem C.001}, talvez a ideia dos brancos fosse mudando com o tempo, e com possibilidade de entrar nos grupos dos cinzentos.

Pensamos que arquitetura contemporânea nada está dito, ainda estamos na procura de novas teorias, novas fontes, mais criatividade, e pouco consensual, mais sim que tenham percepção com as necessidades atuais.

Mais um dos problemas que é a velocidade e a voracidade do mercado, das pessoas faz que mudem constantemente, não vamos um achar um consenso “único”, vai ter mudanças constantes o tempo-espaço faz sentido na contemporaneidade, cria sim muito desconcerto (as teorias do Caos explicam isso) com poucas possibilidades de sucesso, mais isto já é normal, as pessoas cada vez se isolam nos seus ambientes de trabalho, nas suas moradias, nas formas de viver, é atual, é contemporâneo, mais penso que existiram novas formas de pensar, é de viver, a mudança constante nos levará a um mundo melhor, claro em numa forma positiva e mais hedonista, algo assim: “seja o que for que não deixe seu barco encalhar”. (Flocker, 2007:93).

Temos que cuidar o conceito da vanguarda, não como algo novo, mais bem como fundamento teórico que tenha prospecção vinculada com as necessidades das pessoas. Porque assim já aconteci-o com o pensamento neovanguardista.
“A maioria das propostas neovanguardistas não apresenta nenhuma relevância historicista. Se recorrem a marcos, estes sempre serão os momentos fundacionais das vanguardas do século XX. Reconhece-se apenas um universo – a estrita modernidade – e todos seus referentes são eletrônicos e artificiais”. (Montaner, 2012:117)

C.005 – La Citta Balneare, Seaside, Florida – Leon Krier.
Fonte: desconhecida.

Temos que dizer que tanto Robert Venturi e Michel Graves {ver imagem C.001} obterem o premio Rome Prize, onde se dedicarem muitos anos na pesquisa da arquitetura italiana, mais Graves ao abandonar os “brancos” ele incorpora uma situação maneirista, com efeitos clássicos da arquitetura italiana.

Também Frank Gehry (1929-) na casa de Santa Monica (EEUU) em 1978 {ver imagem C.002} com algo diferente com a escolha dos materiais, até ortodoxo, muitos teóricos a calcificam como uma arquitetura má, mais teve criticas, que consideramos que são importantes para a arquitetura contemporânea. Imaginemos que si não existe-se a crítica da arquitetura, que é fundamental, cria reflexos na nossa maneira de fazer e de pensar na arquitetura.

“Se essa distanciação, existe o perigo de, aquilo que hoje nos parece ser tendenciosa mais importante para a arquitetura, se vir a revelar apenas como um caminho falso, uma moda passageira do espirito da época”. (Tietz, 2008:100)

C.006 – Piazza D´Italia (1978), New Orleans– Charles Moore.
Fonte: Idesingnproject.

O arquiteto norte-americano Phillip Johnson (1906-2005), também apresenta uma interpretação dos “brancos” como é o edifício do American Telefone and Telegraph (AT&T – 1982) de New York {ver imagem C.003}, na qual faz uma reinterpretação do passado levado a criar as três partes aplicadas no passado: o embasamento, o corpo, e a coroação.

“Na arquitetura, isso levou a um enfoque igualmente insistente do significado: é importante que a questão não fosse analisar como se produzia o importante, mais sim investir o arquiteto da responsabilidade de criar edifícios que irradiassem significado.” (Ghirardo, 2009:32)

C.007 – Linked Hybrid (2003-2008) Pequim, China – Steven Holl.
Fonte: Sunrisemusics.


Reflexões e considerações finais.

Consideramos importante que a arquitetura tenha significado, mais que possa ser explicado nas teorias da arquitetura, mais esse significado possa estar vinculado nas realidades atuais das pessoas, das suas próprias necessidades, é-claro pensar de modo pluralista.
Pensamos que através da nossa história do urbanismo, espaços públicos, como praças, áreas livres, espaços de uso cultural tem levado a uma boa convivência das pessoas que frequentam e que se servem destes espaços, que são tão importantes para a vida saudável das cidades.

Gostaria antes de terminar nosso ensaio, em explicar nosso pensamento sobre a arquitetura e o urbanismo contemporâneo, mais ao nível de reflexão que uma explicação sobre estes dois últimos pontos, sobre a questão sobre a arquitetura hibrida, e a questão sobre os edifícios que tenham sustentabilidade.

A primeira tem relação com os edifícios híbridos, exemplo claro da obra de Steven Holl no projeto Linked Hybrid (2003-2008) em Pequim na China {ver imagem C.007}, uma ideia que vem tomando incremento e se configura como “ideal”, é que vem se aplicando nestes últimos tempos do século XXI, se analisamos em forma profunda e perspicaz.
Como exemplo concreto do que vem acontecendo com os recentes trabalhos da Prefeita de Paris refeita de Paris Anne Hidalgo, quando convoca em 2015 para o concurso de 23 espaços púbicos que são de propriedade da prefeitura parisiense, que tem como conceito “densidade, diversidade, energia e resiliência”, onde o fazer de novo ou de uma maneira diferente. Então, as propostas apresentadas tem uma comutação com as comunidades que fazem parte da vida destes edifícios. Não existe um edifício que seja isolado, para um uso especifico. Existem sim vários usos nestes edifícios, uma hibridez que está presente em todo momento. Penso que isto sim é contemporâneo.

A segunda está relacionada com a questão da “sustentabilidade”, não temos duvida que com a chegada do processo da sustentabilidade, no sentido amplo da palavra “susteniere”, os assuntos mudarem, talvez como uma maneira de proteger o ambiente, do menos consumo de energia, e das formas de viver, mais harmônica com as necessidades atuais.

Como exemplo pode citar: “... otimizando da capacidade funcional da habitação, transferindo, para um segundo momento, a avalição dos custos; especificação dos materiais de construção alinhados com os princípios da sustentabilidade, priorizando aqueles materiais com o menor impacto ambiental...” (Romero, 2009:479).

Não temos duvida que os pensamentos contemporâneos estejam ligados aos princípios da palavra “sustiniere”, pensar e atuar de forma diferente não e concedente com a realidade contemporânea, valorizar e incrementar as necessidades das pessoas que protejam e valorizem “a vida como um todo”.
Por ultimo, pensar em forma interdisciplinar, já é uma constante na vida das pessoas, temos convicção que os possíveis caminhos estejam relacionados com: a hibridez, a interatividade, a humanização, a inclusão, o empreendedorismo, é sem duvida a sustentabilidade, desta forma fazem parte da vida contemporâneas do século XXI.

Goiânia, 8 de novembro de 2016.

Arq. MSc. Jorge Villavisencio.


Bibliografia

CANTON, Katia; Do Moderno ao Contemporâneo, Editora Martins Fontes, São Paulo, 2009.

MONTANER, Josep Maria; A modernidade superada: ensaios sobre arquitetura contemporânea, Editora Gustavo Gili, São Paulo, 2012.

TIETZ, Jürgen; Historia da arquitetura contemporânea, Editora HF. Ullmann, Tandem Verlag – GmbH, 2008.

GHIRARDO, Diane; Arquitetura contemporânea: uma história concisa, Ed. Martins Fontes, São Paulo, 2009.

ROMERO, Marta Adriana Bustos; Reabilitação Ambiental: Sustentável Arquitetônica e Urbanística, Editado FAU/UNB, Brasília, 2009.

FLOKER, Michael; Manual do hedonista: dominando a esquecida arte do prazer, Editora Rocco, Rio de Janeiro, 2007.


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