lunes, 19 de septiembre de 2016

Ionh Ming Pei – um arquiteto modernista com visões atemporais.

Ionh Ming Pei – um arquiteto modernista com visões atemporais.
Jorge Villavisencio.

Para a arquitetura pesquisar sobre o longevo arquiteto Ionh Ming Pei (1917-), tem razões especiais, primeiro por ter uma arquitetura com um embasamento muito solido sobre a arquitetura moderna – alguns o atribuem como um arquiteto brutalista. Segundo porque pensamos que o motivo dele projetar está relacionado com os espaços públicos e cívicos, além-claro de alguns de seus projetos com visão atemporal.

São muitos os projetos do arquiteto Pei, sem duvida ao ganhar o premio Pritzker no ano de 1983, é claro pela notoriedade e o talento do projeto da ampliação do Museu de Louvre (1981-1989) fica mais afincado sua razão projetual. “Seu trabalho cria ambientes onde as pessoas podem circular sem empecilhos e integrar-se, aprender e criar: bibliotecas, museus, galeias de arte...” (Denison, 2013:137)

F.01 – Ampliação do Museu de Louvre, Paris. (1981-1989)
Fonte: archdialy (Brasil) – I. M. Pei.

Mais Ming Pei nascido na China e aos 18 anos migra para os Estados Unidos onde inicia seus estudos de arquitetura na Universidade de Pensilvânia, mais se transfere para o MIT onde conclui seus estudos. Mais Pei também fez seu mestrado em arquitetura pela Escola de Pós-grado em Desing na Universidade de Harvard que foi concluído no ano de 1946.

“... descobrindo nessa mesma época (1938) o trabalho de Le Corbusier. Encorajado pelos seus professores do MIT, retomou seus estudos de arquitetura, porém reteve em sua abordagem uma interação bem sucedida entre a estrutura em funcionamento e a estética”. (Denison, 2013:137)

F.02 – Biblioteca e Museu John Kennedy, Boston. (1979)
Fonte: Milenico.

Uma das caraterísticas de Pei é a boa escolha dos materiais que vá a ser parte de seus projetos (uso do vidro, concreto, o aço, a pedra e a madeira), como sabemos a materialidade dos projetos influenciam em muito a percepções do ser humano. Tomamos como referente à ampliação do Museu de Louvre (ver F.01) – “A pirâmide atua como um conjunto compacto e interrupto. A forma da maioria dos edifícios que está subdivida, e suas distintas partes cumprem diferentes funções dinâmicas” (Arnheim, 2001:185) Podemos concluir que forma piramidal termina sendo uma forma atemporal, por isso achamos que Ming Pei torna-se ainda que suas visões ainda sejam contemporâneas.

Não cabe duvida que Pei influencie na arquitetura norte-americana, tanto que foi onde pouco antes (5 anos) de receber seu Pritzker, onde no ano de 1979 recebe a Medalha de Ouro do Instituto Americano dos Arquitetos, a mais alta honraria arquitetônica dos EUA.

F.03 – Centro Sinfônico de Myerson, Dallas. (1989)
Fonte: Bluffon.

“Nos Estados Unidos – como já era observada, a principal experiência norte-americana depende da estrutura tradicional, cuja elasticidade passada, baseada na malha jeffersoniana, traduz-se até hoje em uma conspícua rigidez em relação às transformações... no entanto a serviço da periferia residencial a transforma-los em núcleos complexos de atividades comerciais e recreativas: dentre os projetos mais recentes, devem ser lembrados aqueles para São Mateo na Califórnia (W. Belton & Ass.) para Milwaukee, para Nassau Country, New York (I. M. Pei & Ass.)...” (Benevolo, 2006:786)

Consideramos que a mudança de uma arquitetura até mediados do século XX em norte-americana sempre resguardou sua origens mais do tipo neoclássica, mais como se explica: “Passado-Presente-Futuro: os dois polos entre quais oscilava a arquitetura de museus no final dos anos 70 ficam patentes com um olhar sobre duas obras americanas. De um lado se encontra a ampliação da National Galley of Arts, em Washington DC., realizada por Ieoh Ming Pei de 1978. A forma trapezoidal fora do vulgar, composta por dois triângulos que se interpenetram, resultante do terreno que se encontrava a disposição, confere-lhe, assim, o seu revestimento plano com placas de mármore, uma imagem impressionante e simultaneamente de um classicismo atemporal.” (Tietz, 2008:89-90)

F.04 – Miho Museum, Koka, Japan. (1997) – vista externa.
Fonte: Japan-Guide.

F.05 – Miho Museum, Koka, Japan. (1997) – vista interna.
Fonte: Japan-Guide.

Muitos dos projetos de Ming Pei, tem concordância com a geometria atemporal, de linha puras, este pode se integrar com certa facilidade com ambiente urbano, pensamos que seu passado de sua infância e parte de sua juventude teve muita influencia em suas decisões tectônicas. Não só a forma em si, mais sim pelos cuidados dos materiais empregados, como tínhamos dito anteriormente a materialidade representa para Pei, uma escolha correta, além-claro da forma muito reconhecível da nossa visão espacial.

Pensamos que sua influencia de seus mestres tanto de Gropius em Harvard devem ter sido determinantes na sua conduta projetual, este ocorre nos inicios dos anos 50.

“Posto o que não se experimenta na realidade mais sim a realização, e de realizar é o presente absoluto, não existe distinção possível entre o mundo objetivo e subjetivo, entre a realidade e a ilusão.” (Argan, 1957:133)

F.06 – Museu Alemão de História, Berlin.
Fonte: New Art Net.

No contexto artes-arquitetura se fundamenta pelo conhecimento profundo das condições espaciais em que para Giulio Argan aproveita (claro neste caso de forma do pensamento da Bauhaus) mais bem intuitiva, que nas questões na “intelectualidade espacial”, e coloca como exemplo: “Si cada divisão ou subdivisão” correspondem a certo complexo de atos necessários e si todos os seus atos da sua vida que estão integrados pela função são igualmente necessários, tudo compartimento espacial de uma planta racional tem um valor absoluto, é uma – unidade.
A perfeita racionalidade de uma planta sé reconhece porque os espaços estão divididos qualquer que seja sua extensão de escala, entre se nivelam como valores espaciais absolutos; porque a mesma finalidade e claridade espacial volve-se encontrar em cada unidade; porque nenhum hiato (lacuna) são espaços inertes ou formalmente imprecisos subsiste a forma concisa a economia da planta” (Argan 1957:71)

Para Edgar Graeff define que os edifícios contemporâneos se devam “... a caracterização, e o estudo dos edifícios típicos das sociedades contemporâneas são dificultados pela falta de distanciamento no tempo histórico, que permite estabelecer a necessária visão de conjunto de produção arquitetônica e da real situação da vida social de cada pais.” (Graeff, 1986:57)

F.07 – Banco da China, Hong Kong. (1989)
Fonte: Japan-Guide.

Pensamos que desta forma o arquiteto Ieoh Ming Pei pode perceber sua forma atemporal de fazer arquitetura, de formas simples, mais com uma qualidade esmerada, sua produção tectônica nos leva nas profundidades espaciais que podem ter percepções ou visões que certamente podem ser contemporâneas.

Goiânia, 19 de setembro de 2016.
Arq. MSc. Jorge Villavisencio.


Bibliografia.

ARNHEIM, Rudolf; La forma visual de la arquitectura, Editora Gustavo Gili, Barcelona, 2001.

BENEVOLO, Leonardo, História da Arquitetura Moderna, Editora Perspectiva, São Paulo, 2009.

ARGAN, Giulio Carlo; Walter Gropius y el Bauhaus, Editora Nueva Visión, Buenos Aires, 1957.

GRAEFF, Edgar Albuquerque; Edifício; Editora Projeto – Cadernos Brasileiros de Arquitetura – Volume 7, São Paulo, 1986.

TIETZ, Jürgen; Historia da arquitetura contemporânea, Editora HF. Ullmann, Tandem Verlag – GmbH, 2008.

DENISON, Edward, Arquitetura: 50 conceitos e estilos fundamentais explicados de forma clara e rápida, Ed. Publifolha, São Paulo, 2014.





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