sábado, 14 de diciembre de 2013

A comutação entre o diálogo e o desenho.

A comutação entre o diálogo e o desenho.
Arq. Jorge Villavisencio.

No ano de 2010 a jovem filosofa e artista plástica Marcia Tiburi e o poeta e artista plástico Fernando Chuí apresentam na cidade de São Paulo seu livro “Diálogos e Desenho”. Na nossa maneira de ver esta obra recente tem conotações diretas com a arte da arquitetura. A ideia é de ver seus aspectos relacionais de seus diálogos e poder explicar nosso ponto de vista com alguns de nossos pensamentos com relação ao diálogo que foi produzido pelos citados artistas plásticos.

TIBURI, Marcia; CHUÍ, Fernando; Diálogos e Desenho, Editora Senac, São Paulo, 2010.

Sem duvida a arquitetura está dentro das artes e a cultura mais também faz parte das ciências sociais aplicadas. Mais dentro da forma de comunicação e representação da arquitetura se da em seu maior parte nos seus desenhos que é o projeto arquitetônico, em que sabemos os arquitetos quando projetamos temos determinada “intenção” na apropriação e organização do espaço a ser construído. Temos que ser claros ao explicar isto, porque a finalidade da arquitetura é de realizar/construir espaços, já seja estes em diversas tipologias de edifícios ou também na construção de espaços urbanos dentro de suas cidades ou fora delas.

Como primeira medida para realizar um determinado projeto de arquitetura ou de urbanismo, temos que ter os primeiros diálogos com os proprietários ou com os gestores ou encarregados na realização de determinada obra, desta forma os arquitetos montamos o programa que serve para os primeiros diálogos. Esta parte é fundamental para a execução do projeto porque definimos nossos parâmetros que nos acompanharam ao longo do tempo. Mais a evolução do programa se da no próprio diálogo.
O gênesis do diálogo se da no intercambio de opiniões do como poderia ser um bom projeto, sem duvida o peso forte na realização do desenho (representação) se da acima das “condicionantes” que encontramos no lugar/espaço onde será construída determinada obra.

No caso do citado livro diz que “O próprio diálogo foi se desenhando a partir de palavras que operam na intenção do traço...” (p. 8) então nossa explicação de acima tem um fundamento a igual do livro tanto assim que forem produzidos diversos desenhos ao longo livro com diversas trocas de ideias que se presentam no diálogo.

O livro provoca certas questões filosóficas, mais de forma simples em ele se torna amena sua leitura, e claro tomamos esto como referente nos diálogos produzidos pelos autores. Muita das palavras ditas tem conceitos que não são genéricos, porque atrais deles tem fundamento teórico e claro do próprio conhecimento adquirido por Tiburi e Chuí. Seria quase impossível falar/explicar todo que foi dito no livro, mais alguns pontos poderei fazer certas divagações sobre suas expressões.

Penso que foi sintetizado por parte deles desta forma: “Por onde começar? Pelo mais elementar. Ora, conjuguemos o verbo: se eu desenho e tu desenhas, nós desenhamos, ao mesmo tempo outros – ou todos? – desenham”. (Tiburi, p. 11). Esta provocação feita pela autora tem uma forte iniciativa, porque leva ao leitor a “participar”, consideramos que para que der certo determinado desenho ou projeto a participação é fundamental desta forma o sucesso do mesmo torna-se mais fácil, agradável e sobre tudo comprometido com o futuro de sua obra.

Também Tiburí provoca ao dizer “... as novas tecnologias me deixam em duvida: o que é desenhar, quando programas de computador podem desenhar por você?”. Aqui temos dois pontos: primeiro temos que ver que o desenho em computador e só uma ferramenta, ele não desenha sozinha sem a ideia o pensamento do autor. Mais não podemos banalizar ao computador, porque hoje em dia a tecnologia de informação e comunicação faz parte da vida contemporânea simplesmente estar à margem desta importante “ferramenta” é estar fora das novas formas de trabalhar, por tanto o processo se torna obsoleto ou muito demorado. Mais segundo nosso ponto de vista o computador mais pode servir para a finalização de uma determinada ideia – que já concebido com anterioridade dentro do nosso próprio conceito.

O segundo ponto o desenho nasce em qualquer lugar pode ser num papel qualquer, num momento qualquer, de uma ideia qualquer, estes conceitos que na maioria dos casos nos acompanham toda a vida. Ate na psicologia é utilizado o desenho simples para o analise da personalidade da pessoa, então e a forma mais pura de expressão. Tanto assim que nos primórdios da vida dos seres humanos se deu no próprio desenho (a escrita não existia) e o desenho retratavam suas formas simples da vida. Como viviam, como se sustentavam, que basicamente era a relação com a natureza divina – que é o que de lhes oferecia e retratavam seu modus vivendi. Que em síntese: “Uma configuração cósmica ao alcance da mão. Nascimento da alma a partir de um gesto. Como se a maneira que cada pessoa tem para se expressar pela ação de seu corpo pudesse ser concretizada no espaço-tempo de uma folha de papel; ou, da areia...” (Chuí, p. 17).

Neste emocionante diálogo diz que: “O resgate do olhar ao desenho é a salvação do próprio gesto com a vida” (Tiburi, p. 34). Pensamos que neste ponto de vista provoca a realização de seu próprio ser. No caso da arquitetura é também o gesto do projetista com sua obra, mais também é a realização do quem encomendou o projeto, traduzido pelas necessidades e claro da “experiência” vivida pelo professional na arte de projetar, parafraseando ao Neufert. “...o desenho como prazer que liberta” (Tiburi, p. 43).

Desenho a quatro mãos de Marcia Tiburi e Fernando Chuí.
Fonte: Livro “Diálogos e Desenho” – Tiburi e Chuí; 2010:155.

Além que no desenho de acima guarda um espirito da própria essência do ser humano como figura fundamental de expressão, com muito movimento e numa escala e textura de proporções esmeradas. Mais também queremos provocar ao dizer que quando o desenho e feito por duas o mais (mãos) pessoas é pensamento contemporâneo. Com isto queremos explicar, hoje os escritórios de arquitetura é comum trabalhar em equipe e inclusive em forma multidisciplinar (outras especialidades como geógrafos, sociólogos, artistas plásticos, psicólogos, economistas, etc.) se torna comum trabalhar desta forma, mais não e fácil, cada um tem papel e um ponto de vista que em algum momento ate complica a vida do arquiteto-projetista, mais sem duvida o resultado é bem melhor. Na época da arquitetura moderna em especial do século XIX e XX, os trabalhos produzidos nos escritórios de arquitetura eram feitos (na sua maioria) pelo próprio arquiteto, ate individualista e uma equipe de desenhistas (que maioria não tinha nem voz nem voto – uma espécie de patriarcado projetual). Mais bem os escritórios que faziam trabalhos de projetos urbanos se acostumava ser multidisciplinar. Mais eram equipes reduzidas, salvo raras exceções. Hoje e dia e diferente sabemos dialogar com outras especialidades disciplinares.

Por ultimo gostaria de fazer uma reflexão sobre isto: “É o desenvolvimento das linhas, seu devir. Seu acontecimento interno, o que importa na existência final da obra em o processo vem a ser guardado. As linhas contam sua historia de um gesto, de uma potencia, de um cosmos que se busca a si mesmo na impotência de dizer o mundo que o cerca e, mesmo assim, sorve e vive esta tentativa.” (Tiburi, p. 155).

A filosofa e artista plástica Marcia Tiburi em visita na cidade de Goiânia em Maio de 2013, com o arquiteto Jorge Villavisencio no Centro Cultural Oscar Niemeyer.

Na arte da arquitetura as linhas vêm de diversos pensamentos obtidos nas pesquisas, das teorias e da própria experiência adquirida pelo arquiteto. Mais o “gesto” a que faz referencia Tiburi, está no estado criativo que conduz ate de forma anímica em que se encontra, sejamos corretos em dizer o artista arquiteto, assim como nas outras artes tem um momento de inspiração, pode ser pelo lado cósmico conforme se indica, mais também pelo momento de “lucides” em criação espacial que como sabemos não e em todo momento. Na historia da arquitetura através do espaço-tempo tem demostrado a evolução de suas linhas que se plasma nos seus projetos arquitetônicos, e diz ao mundo essa é nossa arte, e esse o seu momento, mais o que interessa é cumprir com as demandas sociais ou de quem solicita nossa arte, mais sem duvida como o explicava o mestre Oscar Niemeyer – “a arquitetura tem que emocionar”, emoção está no dialeto de como podemos fazer uma boa arquitetura, que nos faça mais feliz, mais condescendente com nossa realidade, mais humano, mais fraterno com os outros, e menos individualista como era no passado. Ser contemporâneo é busca de um novo projeto, por isso demanda aprimoramento e conhecimento de diversas áreas disciplinares, penso que neste inicio do século XXI temos tido avances, talvez poucos, mais esta nova proposta com a preocupação com o meio ambiente é um ponto muito forte a seguir, sei que podemos fazer mais, muito mais.

Goiânia, 14 de Dezembro de 2013.
Arq. Jorge Villavisencio.


Bibliografia

TIBURI, Marcia; CHUÍ, Fernando; Diálogos e Desenho, Editora Senac, São Paulo, 2010.

NIEMEYER, Oscar; A forma na arquitetura, Avenir Editora, Rio de Janeiro, 1978.

GLUSBERG, Jorge; Para uma crítica da arquitetura, Projeto, São Paulo, 1986.

MONTANER, Josep Maria; A modernidade superada, Editora Gustavo Gili, São Paulo, 2013.

HOGARTH, William; Análisis de la Belleza, Titulo Orginal: Analysis of Beauty {1753}, Editora Visor Libros S.L., Madrid, 1997.


martes, 5 de noviembre de 2013

Percepções contemporâneas da publicação de revistas de arquitetura e urbanismo.

Percepções contemporâneas da publicação de revistas de arquitetura e urbanismo.
Arq. Jorge Villavisencio

A traves do tempo a publicação de revistas de arquitetura e de urbanismo tem demonstrado que é uma importante ferramenta de informação e comunicação entre a nossa profissão, esta se deve a poder perceber o cenário tanto nacional e internacional do que vem acontecendo. Mais como vocês podem perceber ao dizer "ferramenta" podemos analisar alguns pontos. Primeiro, muitos dos nossos projetos de arquitetura e urbanismo estão relacionados às nossas pesquisas ou investigações tanto na analise de maneira projetual, assim como das tecnologias que se vem realizando em outras partes do mundo, cabe indicar que em America de Sul muitas deste tipo de tecnologias construtivas e dos materiais aplicados chegam a esta parte do continente depois de algum tempo, isto faz que de alguma forma se tornem nossos projetos um pouco desatualizados (só no uso dos materiais e das tecnologias de aplicação), um assunto quase inconcebível neste mundo globalizado.

01 Revista espanhola El Croquis. (Fundada em 1982)
El Croqui editorial, Madrid - Espanha. Editores e Diretores os arquitetos Fernando Márques e Richard Levine.

A segunda, estão relacionadas na maneira de como os arquitetos e urbanistas fazemos nossos "estudos de caso", esta se deve na forma até academista de referentes e principalmente o analise da "intenção" dos projetos que vem nas revistas, talvez um analise ate sistêmico, claro num olhar atento dos bons referentes que devemos estudar. Recentemente numa conversação com o professor paulista o arquiteto e Doutor Paulo Bruna, diz que na academia (e também penso que na vida profissional) os analises dos projetos esta relacionado aos bons exemplos de arquitetos e urbanistas que procuram não só fazer seu trabalho, mais na procura de uma qualidade, que sem duvida entregam estes projetos varias percepções de bons projetos a seguir. Mais devo esclarecer que na arquitetura não estão muito relacionado com os estilos, mais sim com o que é uma arquitetura boa ou de qualidade. E o exemplo claro das Revistas que serão apresentadas no transcurso deste texto.


02 Revista colombiana Escala. (Fundada em 1962)
Casa editorial Escala S. A., Bogotá - Colômbia.

As revistas de arquitetura e urbanismo que procuram certa qualidade, geralmente apresentam trabalhos recentes ou contemporâneos, como e o caso da Revista espanhola El Croquis (Fig. 01) que apresenta os trabalhos dos arquitetos Mansilla e Tuñón, que como temos percido na revista tem uma esmerada formatação na arte de exposição dos diversos projetos (nos idiomas espanhol e inglês), a revista foi fundada em 1982 e produzida em Madrid cujos editores são os arquitetos Fernando Márques e Richard Levine.


03 Revista argentina Summa+.
Donn S. A. editora, Buenos Aires - Argentina. Diretores os arquitetos Martha Magis e Fernando Diez.

Tem revistas de arquitetura de larga tradição como e a Revista Escala (Fig. 02) fundada em 1962, sem duvida uma revista que tem mais de 50 anos no mercado de difusão com ênfase de arquitetura Latino americana. Mais no tempo de muitas publicações de variados temas da arquitetura que viram assuntos temáticos como foi o caso de acima de uma compilação do publicado sobre a Arquitetura Hospitalar (20 anos de trabalhos publicados), claro para os interessados neste tema foi um presente para nossas pesquisas (como foi nosso caso), às vezes os assuntos temáticos representam em poder fazer comparações projetais de forma e função, programáticas e das tecnológicas nos diversos projetos e escritos que são apresentados.

A revista argentina de arquitetura Summa+, talvez uma revista que se origina no idioma espanhol, agora tem uma versão integralmente em português (Fig.03), está se deve (penso eu) a cercania com o Brasil como pais limítrofe, assim como uma percepção do mundo globalizado, mais também regionalizada como é na América do Sul e do bom potencial originada pelo MERCOSUL, sem duvida a difusão de projetos nesta parte do continente se toma como um sentimento de grande região, além claro da divulgação de projetos e textos (reflexões) de outras partes do mundo, a apresentação da Summa+ é de uma alta qualidade em especial a informação pormenorizada, assim como o nível das fotografias que faz parta essência informativa.


04 Revista espanhola AV Monografias.
Donn S. A. editora, Buenos Aires - Argentina. Diretores os arquitetos Martha Magis e Fernando Diez.

A revista espanhola AV Monografia (Fig. 04), assim como do mesmo grupo da revista Arquitetura Viva, tem uma alta difusão internacional, dirigida por Luis Fernando-Galiano, uma revista com uma qualidade impressionante, mais como custo bastante elevado para os padrões internacionais. Mais devo esclarecer que na AV tem apoio do Governo da Espanha através do Ministério de Educação, Cultura e Esportes, sem duvida o apoio do Governo fomenta não só o conhecimento cultural, mais sim patrocina de alguma maneira os profissionais e os escritórios de arquitetos que tem relevância importante no cenário espanhol e internacional. Na revista apresentada acima e uma edição especial dos projetos arquitetônicos e urbanos da edição especial – Spain Yearbook. Também pudemos perceber que existem poucas propagandas comerciais. Consideramos isto importante por dois motivos o primeiro que se acredita (e se isenta da forte pressão comercial) desta forma tem uma potencial do que publica a revista, segundo que existe um forte mercado na compra especializada deste tipo de revistas.


05 Revista brasileira Projeto/Design. (Fundada em 1979)
Arco editorial Ltda., São Paulo - Brasil. Diretores os Arlindo Mungioli e Luis Carlos Onaga.

A revista brasileira Projeto/Design (Fig. 05) tem uma larga tradição no mercado interno brasileiro, esta no tempo se forma através de um jornal, mais a categoria de revista só nasce em 1979 cujos fundadores forem Alfredo Paeseani, Fábio Pentiado e Vicente Wissenbach, temos lido em alguns artículos o que pronuncia Wissenbach: “que a revista nasce a solicitude dos arquitetos brasileiros”, nos parece importante ressaltar isto, porque forem os mesmos profissionais da arquitetura e urbanismo que “clamam” para publicar suas inquietudes, suas ideias, suas criticas, e seus projetos. Ter uma revista de qualidade da arquitetura no Brasil não e uma tarefa fácil, primeiro, porque suas edições só são no idioma português que é um elemento limitador – então está dirigida para o mercado interno e alguns poucos países da língua portuguesa. Segundo porque a revista projeto/design só subsiste pelo interesse dos assinantes, e pela propaganda comercial, que em alguns números até de forma exagerada. Mais devemos dizer que no Brasil publicar revistas especializadas que tenham opinião e projeção em seus mais de 25 anos de historia em que procura levar ao leitor um ar de qualidade e de critica da arquitetura e urbanismo é um ponto muito forte e importante.


06 Revista italiana Domus. (Fundada em 1928)
Editoriale Domus S. p. A., Milão - Itália. Diretor e Editor Joseph Grima.

A revista italiana Domus se publica desde 1928, podemos dizer que e uma revista com uma larga experiência em que expressa não só projetos de arquitetura, mais tem uma visão muito critica dos assuntos relacionados à nossa arte. Domus é uma revista que considero de finalidade internacional, claro dedicada aos italianos mais também ao mercado dos Estados Unidos. Publica-se tanto no idioma italiano e inglês. Considero isto importante, primeiro porque si for só no idioma italiano seu marcado terminaria sendo local, mais ao ser também em inglês abre novos mercados em especial dos Estados Unidos e da Inglaterra, mais sabemos que em outras partes de mundo o idioma inglês tem uma enorme acolhida em especial nos países asiáticos. Talvez esta larga experiência da Domus tenha percebido essa necessidade. Acho interessante que dentro da própria revista exista um pequeno Jornal sendo a curadora e editora Elena Sommariva com variedades com correspondentes em diversas partes do mundo, mais também percebi que não tem correspondente na América do Sul que considero pelo menos um assunto a pensar, o porquê do não. Mais a revista tem revendedores no México e na América Central. Aparentemente sua subsistência se da pelos mesmo leitores, e pela extensa publicação comercial que tem em suas paginas. Mais temos reparado que tem uma forte vocação aos problemas urbanos das cidades, que considero um ponto muito favorável, porque como sabemos é difícil entender os edifícios, sem entender com claridade onde esse projeto foi inserido.


07 Revista peruana Arkinka.
Editorial Arkinka S. A., Lima - Perú. Diretor e Fotografo arquiteto Frederick Cooper Llosa.

A revista Arkinka penso que tem importante influencia no Perú, que procura um certo ar de qualidade, é não só esta motivada aos fatos da voracidade comercial, assuntos e problemas similares da revista brasileira Projeto/Design. Penso que esta dirigida ao mercado nacional do Perú, mais também aos mercados da língua espanhola. Considero como esforço de uma esmerada forma de apresentação da revista dirigida pelo seu diretor o arquiteto Frederick Cooper Llosa, e de seu conselho editorial dos arquitetos Luis Rodrigues Ribeiro e Manuel Flores Caballero (que teve o prazer de conhece-los a os colegas arquitetos no Mestrado de Arquitetura com menção a Historia, Teoria e Critica da Escola de Postgrado da Faculdade de Arquitetura, Urbanismo e Artes da Universidad Nacional de Ingeniería na cidade de Lima). Sem duvida uma revista especializada da arquitetura com seus mais de 16 anos de existência, que promove percepções de fatos culturais, assim de fazer de publico conhecimento o que vem acontecendo no presente, mais também se fazer importantes “reflexões” em forma de síntese em seus textos tanto históricos como das teorias da arquitetura.

Para terminar, o proposito de apresentar estas sete revistas serve como base para o analise de como estão acontecendo às publicações contemporâneas nos temas relevantes da arquitetura e urbanismo, mais devo esclarecer que estas são algumas importantes revistas, tem muitas mais. Contar com este breve perfil penso que servira para ter referentes para as prováveis pesquisas que fazem parte da vida cotidiana dos arquitetos.

Goiânia, 5 de Novembro de 2013.
Arq. MSc. Jorge Villavisencio.






lunes, 28 de octubre de 2013

Perspectivas dos arquitetos e urbanistas do Brasil.

Perspectivas dos arquitetos e urbanistas do Brasil.
Arq. Jorge Villavisencio.

No mês de Outubro de 2013 teve uma mesa redonda donde participei com algumas considerações e reflexões, penso que estas considerações estão relacionadas com a criação pôs Conselho de Arquitetura e Urbanismos do Brasil – CAU. Como vocês sabem o nosso Conselho e recente é tem só tem 2 anos de existência, e claro temos muito a fazer. Sobre isto gostaria de fazer algumas exposições sobre como vejo o futuro não muito distante. Neste Congresso Internacional em que se realizo com motivo da Semana Nacional de Ensino, Pesquisa e Extensão – CIPEEX.



Sem duvida a participação politica do arquiteto no cenário nacional faz que de alguma forma vejamos como caminha nossa profissão no presente e no futuro, dissemos isto porque sempre temos pensado que participar ativamente “já” torna-se necessário, mais não de forma singular como a grande maioria dos nossos mais de 100 mil arquitetos e urbanistas espalhados em todo território nacional. Fazer o trabalho politico em forma plural e democrática torna-se fundamental para o futuro da profissão. Só para lembrar os mais de 50 anos de luta pelo Instituto de Arquitetos de Brasil -IAB., podemos dizer que sua perseverança foi fundamental para a criação do nosso Conselho.


Dentro da nossa percepção atual a nossa profissão temos varias associações que fazem parte do CBA. A primeira (a mais antiga) e o Instituto de Arquitetos do Brasil – IAB. a segunda é a Associação Brasileira dos Escritório de Arquitetura – ASBEA, a terceira é a Associação Brasileira de Ensino da Arquitetura – ABEA, a quarta é a Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas, donde estão integrados os Sindicatos dos Arquitetos e Urbanistas, a quinta é a Associação Brasileira dos Arquitetos Paisagistas – ABAP, e por ultimo nosso recente Conselho de Arquitetos e urbanistas. Achamos oportuno explicar com nome próprio cada entidade porque para poder “entender o espaço politico dos arquitetos e urbanistas”, é claro cada uma destas entidades tem “ “ sua função, mais atualmente tem muitos sombreamentos onde sucede as mesmas funções. A única que por obrigação é o CAU (por ser uma autarquia), sem o registro em nesta entidade não se poderia exercer a profissão.

Aqui no Estado de Goiás (na capital Goiânia) o CAU-GO. tem realizado muitos esforços para poder integrar o nossos profissionais, é temos reparado que nos últimos eventos tem mais participação dos arquitetos neste estado. Mais temos que dizer que antes do CAU se fez uma levantamento da quantidade de arquitetos neste estádio que superaria os 3 mil arquitetos, mais atualmente temos um pouco mais de 1,4 mil inscritos, e como e obvio: Que fazem os mais de 1,6 mil arquitetos que não estão inscritos? Pelos menos merece uma reflexão e pesquisa mais profunda.


Sem duvida a atualização dos arquitetos e urbanistas nos campos educacionais cada vez se se torna cada vez mais necessário, o mundo é muito competitivo, ate porque nossa academia (Faculdades de Arquitetura e Urbanismo) se formam profissionais generalistas. Especializar-se nas diversas Atividades e Atribuições profissionais do arquiteto e urbanista, conforme o indica o CAU na sua importante Resolucao N° 21, de 5 de Abril de 2012.

Outra consideração importante, que o arquiteto e urbanista se tornem cada vez representativo nas áreas de “investimento e gestão” do ambiente construído, e não deixar que as empresas construtoras tomem as decisões pelos arquitetos. Também os escritórios de arquitetura cada vez mais são e serão induzidos por equipes multidisciplinares, assim de priorizar o desenvolvimento com as novas propostas de mobilidade, acessibilidade assim como de preservação do médio ambiente, estar fora desta nova realidade tornam profissionais obsoletos.

Por ultimo estes três últimos pontos, o primeiro a volta do arquiteto para os canteiros de obras, penso que temos perdido muito espaço nestas ultimas décadas. A segunda a provável construção do Colégio Brasileiro de Arquitetos e Urbanistas (formalizar como uma nova entidade – pessoa jurídica) como existem em outros países, onde congregam a união destas seis entidades que congregam o CBA., com isto diminuiriam os custos e se evitariam os sombreamentos como sucede atualmente. A terceira, a não menos importante, como sabemos o CAU e nossas escolas FAU nos tem ensinado como é nossa profissão. O que devemos fazer, mais precisamos torna-lo “saber”, para que esta seja de conhecimento nossa área de atuação, desta forma esclareceria para a população brasileira de que trata nossas atividades, nossas competências. Como exemplo, temos a Lei de Assistência Técnica, mais poucas pessoas sabem que existe. Sei que é uma tarefa árdua a fazer, mais penso que é sociedade, o povo, que tem que estar ciente das nossas atividades da profissão de arquiteto e urbanista. Em poucas palavras abrir mais espaço nos eventos que tratam de arquitetura e urbanismo para “todas” a pessoas que estão interessadas em conhecer o que fazemos os arquitetos e urbanistas. Sei que muitos assuntos a colocar nas mesas de trabalhos mais têm que dizer, é de fazer de publico conhecimentos nossas inquietudes, nossa reflexões, nossas prováveis perspectivas.

Goiânia, 28 de Outubro de 2013.
Arq. Jorge Villavisencio.




sábado, 12 de octubre de 2013

A intenção entre a teoria e a pratica da arquitetura.

A intenção entre a teoria e a pratica da arquitetura. 
Arq. Jorge Villavisencio. 

Nas constâncias do saber dos académicos da arquitetura e urbanismo tem uma relação direta entre a teoria e pratica. Nem sempre são entendidas estas relações a contento.

A ideia deste texto é de poder explicar como sucede esta relação. A arquitetura tem como principio fundamental de verificar as relações com o habitar das pessoas. Mais esto sucede na efetivação dos projetos de arquitetura, pensamos que não sucede de forma automática, porque tem que conhecer as condicionantes e determinantes de determinado projeto, e principalmente a “intenção”.

Mais para poder entender como sucede? Temos uma serie de ferramentas que são o serão, conhecidas através da vida acadêmica, no conhecimento de diversas disciplinas, que são as ciências e as técnicas que estão relacionadas com o conhecimento histórico e também culturais. Como podemos realizar um determinado projeto de uma edificação sem conhecer seu entorno urbano, esto pode ser tanto local ou regional, depende do grau de abrangência que queira dar a edificação. Então podemos concluir que em cada caso devem-se verificar as determinantes e as condicionantes, e claro de suas próprias particularidades e especificidades. Cada projeto deve questionar as diferentes particulares que no final se tornam em qualidades espaciais, a derivação deste tem apreensão de diversas hipóteses que se formulam como ato de possíveis soluções para o desenvolvimento do projeto.

A apropriação espacial do terreno é fundamental para poder levar o ato projetual de forma concisa, que é a síntese das variáveis que estão em nossas hipóteses. Então o projeto como tal “surge no momento que se estabelecem conceptos compositivos, funcionais, técnicos e referenciais” (Méndez, 2009:79)

Mais devemos esclarecer que a finalidade da arquitetura que em síntese é: “... a arquitetura é antes de mais nada construção, mas, construção concebida com o propósito primordial de ordenar e organizar o espaço para determinada finalidade e visando determinada INTENÇÃO” – Arq. Lúcio Costa (1902-1998).

Sem duvida o “projeto moderno” deu uma base solida para uma arquitetura que procura uma contemporaneidade, mais esto como “perspectiva”, muito longe do que era o movimento moderno que foi um projeto claramente definido. É correto pensar nas tipologias da arquitetura moderna que “No começo, o maior esforço da arquitetura moderna dirigiu-se principalmente a habitação coletiva e a definição de uma estrutura racional para a cidade, além da intervenção intensa em tipologias tais como escolas, hospitais, e fábricas” (Montaner, 2013:138). Hoje podemos pensar, claro de forma contemporânea que o tema da sustentabilidade e dos problemas ambientais devem estar inseridos dentre do ato projetual, estar fora desta proposta como perspectiva é não pensar de forma correta. Ser contemporâneo é também ser atualizado dentro destas novas pautas, que no final são as novas exigências que os povos reclamam.

A historia do passado na arquitetura leva continuidade espacial, penso muito difícil desvincular-se, porque faz referencia, “Quando conectamos a nossa separação pessoal daquele acervo de arte constitui, para muita gente, o passado e procura, pela primeira vez, fazer uma arquitetura que se enquadrasse nas contingencias do tempo atual...” (Warchavchik, 2006:108).

No ritmo da nossa época e pensar no futuro, alias são sintomas que vierem nos tempos modernos. Novas filosofias vêm à tona a nossa realidade, novas formas de pensar faz que os espaços projetados tenham e sejam mais coerentes com nosso sistema de vida. São sintomas dos tempos contemporâneos, mais “Uma coisa, porém, se sabe desde já: nada do passado, poderá predominar no futuro; o futuro é daquele que marcham...” (Warchavchik, 2006:96).
Por ultimo essa procuras das perspectivas marcham ao um futuro, talvez o não mais promissor?, é a grande duvida que faça parte da vida arquitetônica contemporânea.

Goiânia, 12 de Outubro de 2013.
Arq. Jorge Villavisencio.

Bibliografia 

MONTANER, Josep Maria; A modernidade superada: ensaios sobre a arquitetura contemporânea, Editora Gustavo Gili, Barcelona, 2013.

WARCHAVCHIK, Gregori; Arquitetura do século XX e outros escritos, Ed. COSAC NAIFY, São Paulo, 2006.

MÉNDEZ, Rafael; Teoría y prática, La forma del proyecto: enseñar y aprender a proyectar, De arquitectura, Editado Universidad de los Andes, Bogotá, 2009. (pp. 79-91).


miércoles, 4 de septiembre de 2013

A função da cidade mundial.

A função da cidade mundial. 
Arq. Jorge Villavisencio.

O organismo vivo das cidades tem-se enfrentado de diversas formas, mais será que existe uma cidade mundial? Como o explica Lewis Mumford. Será que cidade pode-se explicar de uma mesma forma? São vários pontos a ser examinados ou pelo menos tratar de entender sua fenomenologia através de sua historia e como seriam suas provais perspectivas. 

No primeiro lugar pensamos que cada cidade tem suas próprias características, entendemos esto atrelado a sua historia, apropriada por sua identidade cultural, mais podemos entender que podem ter similitudes entre uma e outras, mais similitudes que é muito diferente de ser igual. No segundo lugar, ao falar de uma cidade mundial, poderíamos estar pensando em uma cidade globalizada – entendemos esto porque o que sucede na cidade de Tóquio, Rio de Janeiro, Miami, Lima, etc. Seriam as mesmas necessidades? Pensamos que não é assim, porque a historia de vida destas cidades são diferentes. Terceiro os motivos ou as ameaças que sofrem a cidades que são questões valorativas que são percebidas pelos povos que habitam nestas cidades. O que si poderíamos dizer que os povos reclamam para que suas cidades sejam melhores no sentido amplo da palavra. 

Mais as cidades que forem projetadas nos inicios ate mediados do século XX, porem baseadas pelas diretrizes oferecidas pelo modernidade utópica, especificamente nascidas na Carta de Atenas de 1933 no CIAM, entre elas estavam contidas nestas três palavras chave “sol, espaço e vegetação” estas diretrizes forem percebidas pelas cidades que não forem projetadas, mais sim estas cidades (em especial as mais antigas) tratar de acondicionar espacialmente, alguns de estes preceitos, requalificar certos espaços comuns ou públicos tampouco é uma tarefa fácil. Mais sem duvida em uma tarefa dos urbanistas em outorgar espaços melhores, priorizar ao ser humano. e não só é priorizar o transporte privado, mais também não podemos negar que forem muitos anos de dar prioridade ao sistema privativo, que como sabemos hoje é muito pouco o que se faz urbanisticamente em relação à alta demanda das necessidades publicas. 

Nas formas de ver os novos tecidos urbanos que são criados a cada momento, às vezes pode ser nódulos impensados, equipamentos de determinadas edificações que dão novo sentido espacial nas cidades. Todo esto é muito complexo, mais o intuito é de verificar alguns pontos como se produzem estes fenômenos.

Talvez nas prováveis novas perspectivas que esperam a cidades para estes tenham em comum, pensamos que as cidades posam ser mais “humanizadas” é um acordo que pode sim melhorar a qualidade de vida, priorizar espacialmente ao pedestre consideramos que é fundamental para que estas cidades tenham dignificação espacial. Em especial ao que se refere aos espaços públicos. Muitos destes espaços são mal utilizados, mais tem países como Holanda, Dinamarca, entre outas, onde suas cidades oferecem qualidade espacial, que rapidamente são percebidas, e que agregam uma historia urbana que podem ser exemplos concretos a seguir, sem duvida são questões funcionais catalizadores de boa ambiência urbana. 

A carência de um realismo onde os poderes públicos em espacial os de América do Sul, tratam de esconder em próprio beneficio em forma pessoal ou econômico. No Brasil nestes últimos tempos tem reclamado das autoridades ou dos poderes públicos para que se tomem providencias, pensou-se que o sentido só se davam em relação ao custo das passagem do transporte publico. O tempo diz e dirá que não só e isso. Tem muitas questões de origem urbana a ser levantas, humanizar as cidades através de uma mobilidade de qualidade (transporte publico), assim como espaços públicos que sejam dignos – segurança, gentileza urbana, entre outros são os “novos signos de poder” ou pelo menos pensamos que possam ser assim. Ações de baixo custo mais com relevante impacto social como dos problemas de acessibilidade espacial, é não os referimos sós das pessoas que tenham alguma deficiência de locomoção, mais de todos os transeuntes, os pedestres tem que ter prioridade, o transporte publico – não só os ônibus, mais alternativas como as ciclovias, que como sabemos não só serve para o lazer, mais sim para uma grande maioria de pessoas, que possam utilizar essa forma de mobilidade. Pensamos que estas são as novas perspectivas funcionais de uma cidade mundial. 

Goiânia, 4 de Setembro de 2013.
Arq. Jorge Villavisencio.


Bibliografia

MUNFORD, Lewis; A cidade na historia: suas origens, transformações e perspectivas, Ed. Martins Fontes, São Paulo, 2008.

MONTANER, Josep María; A modernidade superada, Ed. Gustavo Gili, 2012.


miércoles, 28 de agosto de 2013

Questões de mobilidade urbana a ser repensadas.

Questões de mobilidade urbana a ser repensadas. 
Arq. Jorge Villavisencio 

Sem lugar a duvidas neste mundo globalizado tem como ampliação ilimitadas formas de comportamento. A mobilidade espacial tem como fundamento entender os fenômenos que ocorrem dentre dos espaços sejam estes projetados o não. Mais de que forma se produzem estes fenômenos? 

Penso que neste mundo da informação e da comunicação, assim como o politico e o econômico se estende a uma nova organização destes novos espaços. As novas estruturas têm novos modelos que cream experiência e vivencia e fazem que se tenham novos domínios que são mais abrangentes do que possamos pensar. 

Os fenômenos urbanos se reorganizam baixo a ótica de uma percepção que é globalizante, ou pelo menos tratam de criar novos paradigmas nas formas de convivência nas suas cidades. Para Pablo Veja-Centeno a sociedade contemporânea se sustenta e se organizam baixo os processos econômicos e tecnológicos, mais existe uma simultaneidade do trabalho diário e da vida privada, assim como uma vida de identidade cultural. Este ultima tem uma relação segundo se explica “A identidade cultural esta ligada ao sentido de permanência e de uma profunda relação do homem com seu entorno” (Gutiérrez, 1996:110). A percepção do homem que vivencia no cotidiano suas formas de pensar e de agir, conforme dita suas normas de suas vivencias passadas. 

Mais que acontece quando sua memoria cultural recebe certas restrições do passado e trata de levar novas formas de comportamento, entendamos si varias pessoas pensam desta maneira, desta forma podemos pensar que são novos modelos que se criam diante das novas oportunidades que se dão dentro das urbes.

O cambio ditam rupturas com o passado, claro pensando de maneira ampla, e sem restrição alguma diante destas novas oportunidades que estão presentes. Mais pode criar inconveniências – porque são outras formas de agir – a cidade e as pessoas percebem isto. Podemos citar como exemplo os novos espaços que são criados para as ciclovias – ou as novas vias (alternativas) de mobilidade urbana. Que na realidade são processo que vem desde o século XIX. E se pensa que e uma nova alternativa para a solução dos problemas das grandes cidades. 
Penso que não é assim, em primeiro lugar estes objetos (bicicletas) já eram conhecidos pelo homem há muito tempo; segundo que como se sabe no passado estes objetos de locomoção eram utilizados pelas classes operarias, então tem uma historia social que vem – de uma socialização – no uso deste objeto/instrumento, as vezes penso que existe um certo desanimo ou desacordo com a classe burguesa que se resiste a este novo modelo de levar a vida. Terceiro ao dar prioridade nas vias de mobilidade a estes objetos, estão deixando menos espaços para os veículos privados, então mais tempo no deslocamento destes veículos. 

O mesmo sucede com o transporte publico, que como sabemos a cada dia tem que se dar maior prioridade nos espaços de vias públicas, isso também se cria desconforto para o transporte privado. Hoje em dia os governos edilícios que dão prioridade ao transporte público de massa, seria como nadar contra a corrente, e o afogamento seria iminente. Então são os novos processos que se vem vivenciando nas grandes cidades.

Mais o que acontece quando cidades menores com menos de 500.000 habitantes (ainda cidades consideradas de médio porte) o cidades menores ainda com menos de 50.000 habitantes que se aderem a estes novas formas prioritárias de comportamento, então, são cidades que criam sua própria “perspectiva” que como sabemos são concordante com o processo destes novos modelos de viver nas cidades. 

Nesta reflexão esta inserida os enfoques de uma vida cotidiana que tendem a generalizar os comportamentos de seus atores sociais. Ambas as reflexões sobre as ciclovias, e do transporte público, são sensíveis a todo o momento, como sabemos são só dois exemplos, ate simples de enxergar, mais muito difícil de resolver. Mais são as transformações dos fenômenos urbanos que aprendemos das grandes cidades, que tentam a tudo custo de atender as “maiorias” que neste caso são das demandas sociais. Um novo cenário se cria a cada dia, ao final são questões de mobilidade urbana a ser repensadas. 

Goiânia, 28 de Agosto de 2013.
Arq. Jorge Villavisencio.


Bibliografia 

GUTÍERREZ, Ramon (org.); Arquitectura Latinoamericaba em el siglo XX, Epígrafe S. A. Editores, Editoriale Jaca Book S.p.A., Milão, 1996.

VEGA-CENTENO, Pablo; Movilidad (espacial) y vida cotidiana em contextos de metropolización. Reflexiones para comprender el fenómeno urbano contemporaneo, em Debates y Sociologia, No.28, Editado por la Pontificia Universidad Católica del Perú, Lima, 2003.


miércoles, 31 de julio de 2013

Eventos em Sudamérica sobre Arquitetura Hospitalar.

Eventos em Sudamérica sobre Arquitetura Hospitalar.

Penso que a arquitetura hospitalar sempre está tratando de qualificar-se no que sucede nos seus espaços do edifício-hospital. Nas nossas pesquisas sobre este tema temos visto que na linha do tempo têm existido diversas tendências. Assuntos que vem sendo estudados com profundidade em diversas partes do mundo, em especial em Sudamérica como veremos embaixo nos cursos, fórum e seminários que neste caso ocorre nas cidades de Lima e Buenos Aires.

Sem lugar a duvida os temas que serão tratados nestes eventos está relacionado com a nova tendência do século XXI da arquitetura hospitalar. Poderia dar algumas pinceladas do que sucederá.

Penso que em primeiro lugar estão relacionados com a “humanização” dos espaços deste importante edifício que cuidam da saúde das pessoas. Em segundo lugar são os aspectos da “sustentabilidade” que na realidade é a tarefa de cuidar e preservar, para que os edifícios-hospitais sejam mais concordantes com as necessidades de respeito ao meio ambiente, assim como as possíveis urgências em resolver os graves problemas de “gestão” dentro destas complexas necessidades que os povos reclamam em forma justa.

Por ultimo gostaria de lembrar que os hospitais de grande porte estão relacionados com desenvolvimento das suas cidades, das suas regiões, ate dos países. É tudo isso não é novidade, é um assunto recente que data do século XVIII – época do Iluminismo, que principalmente toca com fundamento a “racionalidade”, ser racional com as verdadeiras necessidades dos povos, como explicava o filosofo frances Michel Foucault ao dizer que os hospitais são edifícios terapêuticos.
Desta forma nos inspiramos nas pesquisas do século XX como do Arq. Jarbas Karman (Brasil) e o Arq. Jorge de los Rios (Perú), assim como no presente, no mesmo século XXI, como do Arq. João Filgueiras Lima – Lelé (Brasil) o da jovem Arq. Rita Comando (Argentina), que pensamos que são bons exemplo e seguir.

Goiânia, 31 de Julho de 2013.
Arq. Jorge Villavisencio





jueves, 2 de mayo de 2013

Michel Foucault: o nascimento do hospital moderno.

Michel Foucault: o nascimento do hospital moderno.
Arq. Jorge Villavisencio

A ideia deste texto é de vislumbrar alguns acontecimentos históricos sobre o nascimento do hospital com caraterísticas modernas. Si bem e certo que o edifício-hospital não pode ser considerado como uma edificação comum, porque tem como principio os cuidados da saúde de ser humano, por conseguinte o edifício-hospital e a medicina têm como objetivo principal preservar a espécie humana. Tanto assim que em alguns casos dentro das teorias do hospital – são considerados “autenticas cidades para os cuidados da saúde” com vida e experiência que vem adquirindo na linha do tempo.

Para os interessados no “saber”, e de querer entender o que sucede nos hospitais modernos, penso que neste texto pode ser de utilidade em especial para os arquitetos, médicos, e pessoas que tentamos ter cognição do processo da modernidade nos hospitais.


Temos tomado como referencia algumas citações do importante pensador e filosofo francês Michel Foucault (1926-1984) no seu livro a “Microfísica do Poder” na versão em português atualizada de 2012. No capitulo 6 – O nascimento do hospital (pág. 170-189) de Foucault faz importantes revelações sobre os levantamentos históricos e reflexões sobre a vida do edifício-hospital, acima deste analise faremos reflexões dos fatos, que a nossa maneira de ver deixam importantes recados para a arquitetura nos espaços criados no hospital, assim como os comportamentos na evolução da medicina. O capitulo esta baseada na Conferencia realizada no Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado de Rio de Janeiro – UERJ em 1974, com tradução de Roberto Machado.

Na primeira revelação de Foucault diz: “O hospital como instrumento terapêutico é uma invenção relativamente nova, que data no final do século XVIII.” (Foucault, 2012:171), penso que no primer momento os fatos históricos nos indicam que no tempo na década social e politica da Revolução Francesa, que tem como nascimento o pensamento “Iluminista” com ideais modernos que cambiam nossa maneira de ver a vida.

Segundo que a partir dessa época os espaços que se criam dentro dos hospitais modernos já não são os mesmos, o hospital termina sendo “espaços terapêuticos para os cuidados da saúde”, como exemplo contemporâneo de finais do século XX e inícios do século XXI podemos citar os trabalhos feitos do arquiteto João Figueiras Lima – Lelé nos edifícios hospitais da Rede Sarah Kubitschek. Então os espaços programados e projetados demostram que intervém com seus efeitos é que atuam diretamente nos “cuidados da saúde”.

Terceiro a programação destes hospitais com caraterísticas modernas penso que não só influi na cura dos pacientes, mais também no cotidiano de todo o pessoal que labora dentre destes espaços hospitalarios, a das inter-relações que se produzem nas unidades médicas, que são susceptíveis a uma melhora na qualidade de atendimento de pacientes – qualidade espacial é competência da vida profissional dos arquitetos.

Foucault se se baseia nos fatos históricos de analise feitos pelo medico francês Jaques Tenon, “... 1775-1780 e do francês Tenon, a pedido da Academia de Ciências, no momento em que se colocava o problema da reconstrução do Hotel-Dieu de Paris.” Como sabemos o grupo de hospitais Hotel-Dieu na França sempre forem tema de experiências por parte da medicina desde seu aparecimento no inicio do século XII. Tenon nas suas longas pesquisas (até certo ponto como inquéritos realizados nos hospitais) onde realiza um programa de reforma e reconstrução de hospitais.
A observação dos espaços nos hospitais existentes se torna fundamentais porque “São os hospitais existentes que devem pronunciar sobre os méritos ou defeitos do novo hospital” (Foucault, 2012:172). Sobre isto gostaria de esclarecer que a arquitetura e seus espaços funcionais que são criados nos hospitais têm conotações com possíveis soluções nos problemas da infeção/contaminação intrahospitaria, com caraterísticas exógenas, que como sabemos são problemas que devem ser erradicados ou ao menos minimizados.

No caso dos problemas de saúde interna dos pacientes são caraterísticas endógenas (pela mesma flora do paciente) e cabe a solução aos médicos e dos processos da medicina.

A apreciação que faz Foucault ao dizer “O hospital deixa de ser uma simples figura arquitetônica” é pertinente já que na antiguidade o hospital era utilizado como deposito de pessoas moribundas ou de caridade. Com o nascimento de hospital moderno o edifício se torna um importante tema de pesquisas tectônicas, assim sua observância dentro da vida urbana das cidades.

Nas pesquisas realizadas por Tenon e Howard entre os séculos XVII e XVIII sobre os problemas dos “fenômenos patológicos e espaciais” dão novas cifras importantes nas inter-relações funcionais e das áreas (m2.) que são necessárias para cada ambiente. “A correlação espacial ferida-febre é nociva para os feridos” (Foucault, 2012:173). As observações feitas por Tenon que estuda o percurso, o deslocamento, o movimento no interior do hospital, particularmente as trajetórias espaciais.

Sem lugar a duvidas neste novo olhar as estratégias modernas produz efeitos patológicos que devem ser corregidos. O conceito moderno da “maquina de curar”, foi também posteriormente dito especificamente para toda a arquitetura, isto foi evidenciado nos inicios do século XX por Le Corbusier em suas palestras nos CIAM – sobre a maquina de morar. Aparece inicialmente entre os anos de 1920 e 1921 nos doze artigos “l´Esprit Noveau”.

Como se sabe, nesta luta entre a natureza e a doença o medico observa os sinais – uma espécie de prever a evolução do paciente, a ideia era de favorecer na medida do possível a vitória da saúde e da natureza sobre a doença. Mais em alguns casos não se torna favorável à questão espacial (propostas da arquitetura em organizar espaços) porque se produz “contaminação” nos ambientes do hospital, claro de caráter exógeno. A dificuldade está para que não se produza – a infeção intrahospitalar, é uma luta que vem desde a época de Louis Pasteur no século XVIII. Hoje os estudos nos fluxos de um hospital se tornam mais rigoroso, as inter-relações dos ambientes se tornam matéria de analise, as modernas tecnologias (barreiras) que são aplicados nos hospitais são necessárias. “Não se procuro primeiramente medicalizar o hospital, mais purifica-lo dos efeitos nocivos, da desordem que ele acarretava.” (Foucault, 2012:177).

Mais Foucault esclarece que a desordem não só e espacial, mais também econômico-social. Desta se espalha a doença para toda a cidade. Bom, aqui temos dos assuntos, o primeiro que si a desordem econômico se torna um problema social porque atinge a todos, como exemplo de hoje se torna quase indispensável ter plano de saúde privado, porque o publico se torna muito a desejar. É um problema social porque nem todas as pessoas tem capacidade de arcar de seu próprio bolso – com um diminuto salario mínimo – a saúde privada, além do que os Governos de turno descontam dos salários de todos para que funcione o SUS. Que na nossa maneira de ver “é um problema de gestão”, digamos uma gestão mais Professional e menos politizada como geralmente ocorrem nos países. O Segundo ponto é que nos estudos das relações interespaciais dos ambientes, setores e unidades medicas que ocorrem dentro da arquitetura nos hospitais, minimizam a questão exógena de contaminação destes ambientes, mais temos que ver “... mas não pode satisfazer plenamente porque omite um fator-chave de toda concepção espacial: o parâmetro humano.” (Zevi, 2009,49), isto vem à tona com as próprias necessidades dos ser humano, o controle nos ambientes hospitalarios para que não se produza infeção esta relacionada – no combate preventivo, como explicava Jarbas Karmam – e da importância das Comissões de Controle de Infeções intra-hospitalar – CCIH., com mais autonomia, mais devemos colocar os pês na terra, porque a contaminação sempre existiu e sempre existira, o problema e minimizar, atenuar, desta forma teremos mais “avance” que é um sintoma da semiótica na modernidade.

Justamente no século XVIII se desenvolve uma arte do corpo humano. “Começa-se a observar de que maneira os gestos são feitos, qual o mais eficaz, rápido e bem ajustado.” (Foucault, 2012:181) e faz duas observações que nos parece importante, a primeira “A disciplina é, antes de tudo, a análise do espaço”, a segunda “A disciplina exerce seu controle, não sobre o resultado de uma ação, mais sobre seu desenvolvimento”. Sobre esta ultima obedece a seu analise que forem feitos nos exércitos nas batalhas de guerra – o soldado recebe um fuzil, se é obrigado a estudar a distribuição dos indivíduos e a colocá-los corretamente no lugar em que sua eficácia seja a máxima. – A observação dos indivíduos se torna fundamental, e claro a disciplina nos hospitais são necessários para poder minimizar o sofrimento das pessoas desta forma se atenua os problemas, o analise no processo ser torna prioridade na mesma observação do que sucede.

Por ultimo gostaríamos de fazer esta importante citação: “A arquitetura do hospital deve ser fator de instrumento de cura.” (Foucault, 2012:185). Sem lugar a duvidas o problema não só radica nas questões funcionais, para isso temos uma serie de dispositivos, normas, etc. que nos dão pautas para a realização de um determinado hospital. Por isso é que pensamos que o mestre Lelé foi além, não só foi solucionada a questão funcional e das inter-relações dos espaços. Lelé levou na frente o importante lado tecnológico construtivo, que como sabemos interfere na estética dos hospitais, assim o edifício-hospital cumpre com seu dever na cura dos enfermos, é também com seu papel social, por isso é necessário rever certos pensamentos que são modernos, mais prevalecem vigente no tempo.
A importância de um Hospital marca o ritmo de uma determinada cidade, região, ate dos países.

Goiânia, 3 de maio de 2013
Arq. Jorge Villavisencio


Bibliografia

FOUCAULT, Michel; Microfísica do Poder, Edições Graal Ltda., São Paulo, 2012.

FOUCAULT, Michel; Vigilar y Castigar, Siglo XXI Editores – 34° Ed., México, 2008.

LE CORBUSIER; Por uma arquitetura, Perspectiva Ed., São Paulo, 2009.

ZEVI, Bruno; Saber Ver a Arquitetura, Editora Martins Fontes, São Paulo, 2009.

lunes, 8 de abril de 2013

Arquitetura Hospitalar em Buenos Aires. (2013)

Para os que pesquisamos e tentamo-nos qualificar nos problemas espaciais e tecnológicos sobre a arquitetura hospitalar, temos como alternativa o curso na especialidade sobre “Desenho e Gestão da Infraestrutura Física e Tecnologia em Saúde” ministrado na cidade de Buenos Aires que é coordenado pela especialista a arquiteta Rita Comando traz câmbios visionários nas novas politicas da infraestrutura destes edifícios que se tornam verdadeiras cidades para os cuidados da saúde.

Com o tempo os hospitais tem marcado o desenvolvimento não só de um determinado setor da cidade, mais dependendo das especialidades médicas pode-se produzir o atendimento de maneira regional, inclusive ate marcar o nível de desenvolvimento de um determinado pais.

Considero importante ressaltar o que Michel Foucault nos diz no seu livro a “Microfísica do Poder” (2012) que o hospital deve ser considerado como “espaço terapêutico”, sobre isto gostaria de expressar, quando os espaços que são criados no hospital influem diretamente no convivo do enfermo, inclusive a espacialidade pode ser favorável para a recuperação do paciente enfermo, mais também pode ser desfavorável si na organização destes espaços não cumprem com os níveis mínimos de atendimento espacial, segurança, conforto, da ambiência que pode provocar certos câmbios formalistas que influem de fato com a própria estética de maneira geral.

Goiânia, 8 de Abril de 2013.
Arq. Jorge Villavisencio.



DIPLOMATURA EN DISEÑO Y GESTIÓN DE LA INFRAESTRUCTURA FÍSICA Y TECNOLOGÍA EN SALUD EN BUENOS AIRES. (2013)


Los establecimientos dedicados a la Salud, deben funcionar las veinticuatro horas del día, los trescientos sesenta y cinco días del año garantizando seguridad de las personas, edificio, instalaciones, equipamiento y medio ambiente.

En consecuencia se hace necesario superar una serie de desafíos, para mantener su vigencia espacial, funcional y técnica.


Entre ellas:

1. Adaptación de los edificios a los cambios de las políticas institucionales.

2. Incorporación de las innovaciones tecnológicas y de gestión.

3. Racionalización y flexibilidad de los espacios físicos.

4. Coordinación de equipos de trabajo interdisciplinario.

5. Sistematización del control y asignación de recursos.

En este sentido la planificación, diseño, gestión, operación y conservación del edificio, las instalaciones y el equipamiento juegan un rol protagónico. Para responder estos requerimientos el recurso humano es un elemento clave. La incorporación de estos temas permite optimizar los recursos económicos y físicos satisfaciendo las necesidades planteadas. De ahí el compromiso de ISALUD en la formación del recurso humano involucrado en esta temática.

Destinatarios

• Áreas de dirección, gerenciamiento, proyecto, construcción y equipamiento de hospitales públicos y privados, clínicas, sanatorios y centros de atención ambulatoria, abarcando también los sectores de servicios y mantenimiento.

• Profesionales y técnicos del sector Salud: arquitectos, ingenieros, bioingenieros. administradores, contadores médicos, enfermeros y técnicos.


Objetivos

• Desarrollar una visión integral y abarcativa de las áreas neurálgicas de los edificios para la salud desde la planificación estratégica.

• Transmitir enfoques y herramientas para la valoración de la infraestructura y su diseño y gestión en relación al cumplimiento de los objetivos sociales, sanitarios y económicos de los establecimientos de salud.

• Identificar y conocer las características de la arquitectura hospitalaria y la organización espacial de las Instituciones de Salud: características de edificio, instalaciones y equipamiento; su organización y mantenimiento.

• Relacionar las estrategias de la organización con las áreas de proyecto y obras, mantenimiento, ingeniería clínica y seguridad.


Prof. Arq. Rita Comando - Director

Más informaciones:

http://www.isalud.edu.ar

Universidad Isalud – Buenos Aires, Argentina.

domingo, 3 de marzo de 2013

10 motivos para contar com a ajuda de um arquiteto

Os arquitetos Gilberto Belleza e Gustavo Calazans sintetiza o porquê e necessário contratar um arquiteto o profissional pode ser requisitado para uma simples consultoria ou até para o gerenciamento geral da obra.

 1. O arquiteto é o profissional tecnicamente capacitado para resolver os problemas de uma obra, podendo conceber melhor os ambientes para o ser humano viver.

2. Esse profissional faz o projeto arquitetônico, que é o conceito da obra, com as soluções de acordo com o espaço e as necessidades do cliente, e apresenta diferentes alternativas de custos.

3. Em caso de obra nova, o arquiteto ajuda desde a escolha do terreno. Nas reformas, avalia a estrutura que pode ser mantida e a que precisa ser renovada ou removida.

4. O cálculo correto do que pode ser feito ajuda no melhor aproveitamento do espaço. No projeto, a circulação e a distribuição dos móveis são previstas com exatidão.

5. A partir do projeto, o arquiteto planeja a compra do material adequado e na quantidade certa, o que evita o desperdício e resulta em economia no custo final da obra.

6. Quando gerencia a obra, o profissional contrata mão de obra qualificada e acompanha cada etapa do processo. Isso evita maiores dores de cabeça com erros e atrasos nos serviços.

7. Sem um planejamento, os erros são maiores, incorrendo em execuções e demolições até o acerto final e gerando despesas maiores que as previstas no início da obra.

8. A obra com projeto feito por um arquiteto é mais econômica. A previsão, desde o início, de todas as instalações hidraúlicas e elétricas evita novo quebra-quebra.

9. O cronograma, feito pelo arquiteto, prevê a ordem dos serviços. Isso faz com que um trabalho não leve a refazer o outro. Exemplo: a raspagem do assoalho de madeira após a pintura das paredes.

10. Com um arquiteto envolvido na obra, naturalmente ela é mais valorizada. Além disso, no contrato, o profissional dá garantia contra vazamentos ou erros de instalações.

Fonte: http://yahoo.imovelweb.com.br/publi/camp/casa-e-cia-as-formas-de-contratar-um-arquiteto.html

lunes, 25 de febrero de 2013

Hugo Segawa em Goiás.

Hugo Segawa em Goiás.
Arq. Jorge Villavisencio

Independentemente da vinda do arquiteto Dr. Hugo Segawa para Goiás, especificamente para as cidades de Anápolis e Goiânia onde acontecerão suas aulas magnas sobre a arquitetura contemporânea. Gostaríamos de algumas reflexões sobre seu livro “Arquiteturas no Brasil 1900-1990” (1).


Penso que ideia do autor é de preencher certos vazios históricos da arquitetura moderna brasileira, mais consideramos que tanto Bruand, Giedion, Costa, Mindlin entre outros autores tem-se abocado a contar a historia da arquitetura moderna mais com percepções distintas. Penso que na mesma historiografia da arquitetura moderna brasileira não existe um historia “completa”, sempre existira algumas lacunas. Talvez intuímos que Segawa queira falar de alguns detalhes a mais, preenchendo aquelas lacunas, mais concordamos que existem motivos epistêmicos a ser analisadas, tanto assim que na breve introdução - “alguma explicação” fala-se de razões epistemológicas a ser consideradas.

Outro ponto que chama a atenção no preambulo ao dizer: “Nada e tão frustrante quanto o abismo a academia e a vida”. Bom nesta frase possa-se sintetizar que as academias estão afastadas ou distantes das realidades, mais podemos ver que neste tempo contemporâneo existe um dinamismo que faz parte das formas de construir novos espaços, penso que seja mais no seus usos tecnológicos que nas mesmas essências das espacialidades.

Nas escolhas de cidades nas palestras do arquiteto Segawa (ver pôster) tem uma relação de contrastes (é importante para a arquitetura o contraste) tanto nas cidades de Tóquio e Dallas, mais sem duvidas trazer duas cidades da Colômbia penso que tem uma relação mais direta com o desenvolvimento tectônico de índole progressista nessa nação, que não se apega a questões tecnológicas mais em essências epistêmica que cada vez ser torna mais crescente na construção de cidades sustentáveis.

Para terminar é importante que o CAU/GO tenha sempre como inciativa trazer palestrantes para esta região que de alguma maneira enriquece a vida do futuro profissional, as trocas e visões das mesmas experiências criam menos distanciamento entre a academia e a vida.

Goiânia, 25 de Fevereiro de 2013.
Arq. Jorge Villavisencio

(1) SEGAWA, Hugo; Arquiteturas no Brasil 1900-1990, Ed. Universidade de São Paulo, São Paulo, 1997.

domingo, 24 de febrero de 2013

Evento FAU/PUCP 2013

Evento en la Facultad de Arquitectura e Urbanismo: “La ciudad como Paraíso” – Pontificia Universidad Católica del Perú. (4 a 9 de Marzo de 2013).

¿Cómo podemos como arquitecto proveer una visión para una vida digna para todos?



SESIÓN 2013: THE CITY AS PARADISE/ LA CIUDAD COMO PARAÍSO

La sesión del 2013 tendrá como coordinador académico al arquitecto Paulo Dam y como Director Invitado al arquitecto Wilfried Wang, profesor de extensa y reconocida práctica académica y profesional, quien actualmente se encuentra dictando clases en la University of Texas y en conjunto con Bárbara Hoidn mantienen el estudio HOIDN WANG PARTNER ubicado en Berlín. Ha enseñado también en varias de las más importantes instituciones académicas del mundo como: Universidad College de Londres, ETH Zurich, GSD de la Universidad de Harvard y en la Universidad de Navarra. Participara también como escuela invitada La Facultad de Arquitectura y Diseño de la Universidad de Los Andes, Bogotá, Colombia. Integrada por el arquitecto Claudio Rossi y un grupo de 30 estudiantes.
Fuente: FAU/PUCP.

Más informaciones:
http://facultad.pucp.edu.pe/arquitectura/

lunes, 4 de febrero de 2013

Ambiência na saúde: informação sobre o curso.

EDITAL DE SELEÇÃO PARA FORMAÇÃO-INTERVENÇÃO DE APOIADORES TEMÁTICOS EM AMBIÊNCIA NA SAÚDE 

1. OBJETIVO DO CURSO
Formar arquitetos e engenheiros para a discussão da ambiência, instrumentalizando-os para a análise e elaboração de projetos arquitetônicos e para a orientação das intervenções nos espaços físicos do SUS a partir do referencial da Ambiência, de modo que possam qualificar suas práticas na análise e elaboração de projetos arquitetônicos na saúde e atuar como apoiadores de Ambiência no SUS.

2. DA SELEÇÃO E PÚBLICO ALVO
Seleção de 60 (sessenta) profissionais formados em Arquitetura ou Engenharia (para formação-intervenção como apoiadores temáticos em ambiência na saúde. A formação requer tempo com disponibilidade para estudo em módulos presenciais, atividades de Educação a Distância e orientação para intervenções nos espaços físicos do SUS, a partir do referencial da Ambiência, conforme diretriz da Política Nacional de Humanização. 2.1 Requisitos técnicos e operacionais

2.2.1. Requisitos para a inscrição • Graduação em Arquitetura, Arquitetura e Urbanismo ou Engenharia • Atuação profissional atual, comprovada, em atividades relacionadas à intervenção em espaços físicos do SUS; • Disponibilidade de, em média, 13 horas semanais para atividades do curso, incluindo disponibilidade de deslocamento para atividades presenciais em Brasília e em sua região geográfica conforme anexo I. • Em caso de inserção em instituição pública, documento assinado pelo gestor comprovando liberação para atividades do curso e para encontros presenciais, com datas previamente definidas.

2.2.2. Critérios de seleção • As vagas serão distribuídas do seguinte modo:
1) Entre profissionais com atuação vinculada a subprojetos do QualiSUS-Rede;
2) Caso o número de candidatos aprovados com atuação vinculada a subprojetos do QualiSUS-Rede não preencha as vagas disponíveis para a região, serão chamados os candidatos ainda com preferência regional com atuação vinculada às Redes Temáticas Prioritárias do MS em seus territórios.
3) E, se ainda houver vagas remanescentes, serão distribuídas entre os demais candidatos da região que atendam aos requisitos de inscrição.
4) Se, ainda assim, houver vagas remanescentes em uma região as mesmas poderão ser realocadas para outra região onde houver candidatos aptos.

2.2.3. Instrumentos da seleção dos Apoiadores • Currículo documentado contendo: Formação, experiência de trabalho no SUS, experiência pedagógica ou em coordenação de grupos e/ou oficinas. • Memorial descritivo contendo: Inserção profissional no SUS, situação atual de trabalho, justificativa de seu interesse em participar do curso (máximo 3000 caracteres contando espaços). • Em caso de inserção em instituição pública documento de liberação, assinado pelo gestor, comprovando a disponibilidade do candidato para participar do curso.

3. RESPONSÁVEIS PELA SELEÇÃO
 Serão responsáveis pela seleção dos participantes do colegiado gestor do Curso formado por áreas do MS e ANVISA.

4. PRAZO DA SELEÇÃO
As inscrições serão aceitas de 15/01/2013 a 15/02/2013 •. Os candidatos deverão reunir a documentação descrita no item 2.2.3 deste edital e encaminhar para o endereço eletrônico humanizasus@saude.gov.br, em e-mail único, com os documentos em pdf.

Os resultados serão divulgados em 01/03/2013.

ANEXO I 
Datas previstas para as atividades presenciais e de dispersão: Período Carga horária Atividade
04/2013 - 1ª semana 32h Encontro presencial em Brasília
04/2013 - 2ª e/ou 3ª semana 16h Encontro presencial descentralizado nas regiões
05/2013- 2ª semana 32h Encontro presencial em Brasília
05/2013 - 3ª e/ou 4ª semanas 16h Encontro presencial descentralizado nas regiões
06/2013 - 3ª semana 32h Encontros presenciais em Brasília
07/2013 - 2ª semana 16h Encontro presencial descentralizado nas regiões
07/2013 - 4ª semana 16h Encontro presencial em Brasília Ao longo do curso 56h Atividades de dispersão via plataforma de EaD [1]

[1] O custeio das passagens e diárias estarão sob encargo do Ministério da Saúde. 

Informações:

www.saude.gov.br/humanizasus

www.redehumanizasus.net




miércoles, 23 de enero de 2013

Adolfo Córdova: e suas percepções sobre a arquitetura do Perú.

Adolfo Córdova: e suas percepções sobre a arquitetura do Perú.
Arq. Jorge Villavisencio

Considero que conhecer a arquitetura e o urbanismo em Latinoamerica se torna indispensável não só para os arquitetos e estudantes de arquitetura, mais sim para as pessoas comuns interessados que tratam de entender o processo da “modernidade”. O surgimento disto vem à tona com nossas realidades nesta parte do planeta que não são tão distantes como parece, é desta forma que faremos algumas apreciações da arquitetura e o urbanismo da modernidade no Perú. Temos aproveitado o recente livro do arquiteto Dr. Elio Martuccelli Casanova – “Conversaciones con Adolfo Córdova" do ano de 2012 (versão original em espanhol), onde faremos a apresentação do livro com algumas reflexões acima de seus textos.

F.01 – Capa do livro: “Conversaciones con Adolfo Córdova” de 2012.
Fonte: Instituto de Investigación de la Facultad de Arquitectura, Urbanismo y Artes de la Universidad Nacional de Ingeniería.

Para que não conhece o arquiteto peruano Adolfo Córdova Valdivia (1924-) se fará uma breve apresentação, Córdova nasce na cidade de Arequipa (cidade localizada no sul do Perú), estuda arquitetura na centenária Faculdade de Arquitetura, Urbanismo e Artes da Universidade Nacional de Engenheira – FAUA/UNI., onde egressa no ano de 1946. Foi distinguido com vários prêmios relacionado com a arquitetura, autor de livros e diversos artículos, em especial fundador do “Agrupamento Espaço”, importante movimento cultural que abre as porta para a arquitetura moderna no Perú, membro de importantes comissões como da Lei dos Municípios, onde faz a primeira tentativa de regionalização do Perú. Também foi Decano da FAUA/UNI e professor emérito durante mais de 30 anos. Atualmente e coordenador do mestrado em Vivenda na Escola de Pós-graduação da FAUA/UNI.

Mais antes de apresentar o livro de Martuccelli, gostaríamos de fazer algumas colocações sobre o arquiteto Córdova, para mim que tenho estudado na escola de pôs grado da FAUA/UNI, tenho assistido diversas vezes algumas apreciações que fez Córdova na linha do tempo sobre a arquitetura e o urbanismo, isto acontecido entre os anos de 2008 a 2010, apresar que suas cátedras forem nas áreas onde é coordenador, meu mestrado é de Historia, Teoria e Critica da arquitetura. Considero eu, e claro penso que para muitos arquitetos peruanos e do exterior o professor Córdova é uma lenda viva em prol da arquitetura e da cultura de maneira ampla.
Mais lembro muito bem que meu exame de admissão o arquiteto Córdova era parte do júri, e fez a seguinte pergunta – arquiteto Villavisencio no seu trabalho investigativo (tese) qual e sua linha de investigação? Rapidamente respondi que seria na área de arquitetura hospitalar, tema que segundo pude perceber (por seu aspecto fisionômico de tranquilidade mais com muita energia – na minha maneira de ver condição especial dos experientes mestres da arquitetura) mais considero que Córdova achou interessante. Anos mais tarde no meu trabalho investigativo sobre hospitais, Martuccelli me apresenta o livro de “Planeamiento, programación y diseño de hospitales” (versão em espanhol ), livro que termina sendo a conclusão do Curso sobre Hospitais que se deu na FAUA/UNI, onde justamente o arquiteto Adolfo Córdova Valdivia era o Decano da FAUA/UNI na época (1967). Pensamos que como Decano da FAUA foi promotor do Curso de Hospitais na área da arquitetura, é muitos anos depois indique a área que queria atingir, entendo agora a fisionomia do professor Córdova. Alias o curso sobre hospitais e as conclusões deste tem uma relação direta como o processo moderno de fazer hospitais, teve muita participação de palestrantes do Brasil, Colômbia, Bolívia, Equador e do Perú como sede do curso, um equipo multidisciplinar de arquitetos, médicos, engenheiros, mais sobre este assunto publicarei posteriormente.

O livro “Conversações com Adolfo Córdova” (versão em espanhol – 2012) de Elio Martuccelli esta claramente divido em duas partes. A primeira onde Martuccelli faz a introdução do livro e um capitulo exclusivo sobre o projeto modernizador do Perú, titulo “La arquitectura, el urbanismo, la acción politica y el proyecto modernizador”. A segunda parte trata-se das conversações com Adolfo Córdova que foi em três partes, que na realidade forem três entrevistas com perguntas claras por parte de Martuccelli e de respostas também claras mais na minha maneira de ver com certo ar de nostalgia por parte de Córdova, estas entrevistas forem: a primeira de 10 de fevereiro de 2005, a segunda de 5 de janeiro de 2006 e a terceira e ultima conversação o dia 16 de janeiro de 2007. Reparemos que forem três anos consecutivos, e inclusive teve perguntas reincidentes o a re-confirmacão dos fatos sobre a “agrupação espaço”, entendemos que o interesse em conhecer mais sobre este importante aspecto cultural e politico tem conotações importantes como veremos mais na frente.

F.02 – Imagem exterior da “Casona” da Rua Recavarren da antiga Escola de Pós-graduação da Faculdade de Arquitetura, Urbanismo e Artes da Universidad Nacional de Ingeníeria.
Fonte: Silvia Villavisencio Tancredi (2009)

Na introdução Martuccelli fala de maneira nostálgica do antigo local a “casona” onde estava localizada a Escola de Pôs-grado da FAUA/UNI, teve a oportunidade de realizar meu mestrado neste local, localizado na rua Recavarren no Distrito de Miraflores na cidade de Lima, “A casona da rua Recavarren tinha um espirito apaziguador e prazenteiro, ... Adolfo era um dos que se lhe encontrava em certos horários, ...onde aconteciam papos enriquecedores.” (Martuccelli, 2012:11). Também para Martuccelli a Agrupação Espaço é um lugar comum quando se trata de falar sobre a arquitetura moderna do Perú. Inclusive a citação sendo inevitável falar como a “história oficial”, mais se trata como “... uma visão alternativa dos fatos, aprofundando alguns aspectos tratados e descobrindo alguns não muito conhecidos: espero em parte ter logrado” (Martuccelli, 2012:15).

Para mim que trato de fazer uma síntese do livro, e claro com algumas reflexões por parte da minha pessoa, não tem como dar ênfases aos fatos da “agrupação espaço”, alias como tinha dito no inicio fazer de conhecer alguns aspectos históricos dos movimentos vanguardistas da arquitetura em Latinoamerica, especificamente neste caso do Perú.

A “agrupação espaço” nasce de um polemico manifesto nos 15 de maio de 1947, que da a ideia da modernidade com racionalidade que leva o progresso, nesta definição que faz Martuccelli podemos perceber claramente que o ambiente no Perú no tempo da metade do século XX, onde diz: “A Agrupação Espaço foi no Perú como o mais similar a um movimento artístico de vanguarda,... um coletivo ativismo com forte desejo de participar dos retos e dos problemas do seu tempo. A vanguarda aspirava se estender outros âmbitos sociais, culturais e políticos,....interessa apontar que a “agrupação espaço” vanguardista a diferença de outras tinha um peso que predominante por arquitetos e não de poetas e pintores”. (Martuccelli, 2012:29) Poderíamos entender que os arquitetos predominavam dentro da esfera da cultura, considero importante dizer que os arquitetos e sua arte de projetar tinham aspectos de um “olhar prospectivo” que era o processo moderno de esse olhar. Sem lugar a duvidas Adolfo Córdova e Eduardo Neira e com concretização da “Revista Espaço” de quem era comandada pelo também arquiteto Luis Miró Quesada, acontecido entre os anos de 1947 a 1950.

F.03 – Imagem da Faculdade de Arquitetura, Urbanismo e Artes da Universidad Nacional de Ingeníeria. (2010)
Fonte: Manuel Ferreyra

Hoje a centenária Faculdade de Arquitetura da UNI pode contar sua historia tanto assim que alguns ex-alunos podem lembrar que vários professores da época pertenciam ao “Agrupamento Espaço” – “O edifício em sua recente construção em 1951, projetado pelo arquiteto Mario Bianco foi alento – desta forma o edifício ensinava a seus alunos os novos lineamentos de um moderno desenho”. (Martuccelli, 2012:31) Este aspecto tem dois assuntos o primeiro a participação de professores e alunos “participavam” deste processo de modernização. Segundo que o edifício da faculdade de arquitetura falava por si mesmo, era exemplo de um edifício neta-mente moderno. (ver imagem F.03 – acima)

“... os artistas e arquitetos peruanos experimentarem a modernidade, mais situados na dicotomia de seu lugar e de seu tempo, do particular e o universal, que não o porquê seja à maneira de exclusão”. (Martuccelli, 2012:47) Este ponto foi fundamental porque sabemos que a arquitetura moderna procurava o “universal”, a procura estava na particularidade – talvez um exemplo mais concreto deu-se com o arquiteto Enrique Seoane Rós, que também era professor de projetos na faculdade de arquitetura da UNI.

F.04 – Fotografia no IV CLEFA no Convento Santo Domingo – arquitetos Fernando Belaunde, Adolfo Córdova e Felix Candela (1968)
Fonte: No livro “Conversaciones con Adofo Córdova” de Elio Martuccelli, 2012. (p.161)

Na primeira conversa que tiverem Córdova com Martuccelli foi em 2005, confirma por parte de Adolfo Córdova onde diz: que com Miró Quesada como professor e com o Manifesto no 15 de maio de 1947 do Agrupamento Espaço, começam a trabalhar de forma organizada e solicitam para Miró Quesada fazer a Revista Espaço, considero que ao ter o elemento de difusão concretizado na revista, foi fundamental porque era a única forma de transmitir os pensamento com caráter moderno, assim a participação do arquiteto Carlos Williams e dos amigos Jorge Piqueras, Samuel Pérez, César de la Jara, Leopoldo Chariase, Sebastián Salazar Bondy entre outros sustiverem o produto cultural moderno. “Além da Revista em forma paralela a Agrupação Espaço realizava conferencias, teatro e consertos de musica organizados por Celso Garrido Lecca e Enrique Iturriaga na baixa dos banhos”. (Martuccelli, 2012:76)

Mais na segunda conversa de 2006, Córdova afirma que “Sim forem anos muito duros se tinha muita dificuldade de fazer a Revista, mais vezes em forma irregular foi muito difícil manter o ritmo que era essencial numa revista” (Martuccelli 2012:90) Penso que o momento era especial, levar a modernidade nas costas para um grupo de pessoas ate em forma reduzida não foi uma tarefa fácil, a sequencia era fundamental para manter os pensamentos modernos, apesar que na linha do tempo do agrupamento espaço durou relativamente pouco tempo mais marcou para a arquitetura e para os pensamentos dos simples mortais um inicio que era diferenciado, para sair do marasmo do antigo tem que arriscar, vanguardas tem essa aptidão , mais si não fosse pelas pessoas que vão atrais de seus ideais não tivesse acontecido.

Sabemos que a modernidade chegou à forma tardia no Perú, não foi muito diferente no Brasil, mais si não fosse à chegada do mestre Le Corbusier com seus cinco princípios modernos, como disse na terceira entrevista em 2007 o arquiteto Córdova ao dizer “Le Corbusier, marco muita influencia em nos” (Martucceli, 2012:113). Em inclusive afirma quando fazem a pergunta: “Da arquitetura de Latinoamerica o que interessa? Na resposta diz – o Brasil abrirem nossos olhos nos inícios da década de 1950. Oscar Niemeyer e o impacto do Ministério de Educação e Saúde no Rio de Janeiro. Depois Brasília com seu edifícios tratados de forma escultórica...” (Martuccelli, 2012:114). Mais devemos recordar que na Revista do “Arquitecto Peruano” de Fernando Belaunde no Perú, Mario Pani de México, Hector Mardones de Chile. Assim como as influencias nas visitas ao Perú por parte de Walter Gropius. Richard Neutra, Felix Candela entre outros renomados arquitetos marcarem a vida deste importante arquiteto peruano Adolfo Córdova.

F.05 – Imagem do projeto do Edifício de apartamento dos arquitetos Adolfo Córdova e Carlos Williams – Chiclayo – Perú (Premio Chavín 1959).
Fonte: No livro “Conversaciones con Adofo Córdova” de Elio Martuccelli, 2012. (p.157)

Para terminar gostaria de dizer que nos textos apresentados o Dr. Elio Martuccelli tem muitos outros temas que são interessantes para mencionar, mais considero que seria impossível explicar tantos assuntos, deixando aquele gostinho de querer saber mais, mais considero que faz parte desta breve exposição de seu livro “Conversaciones con Adolfo Córdova” (2012), sem lugar a duvida tanto na Introdução como no Capitulo inicial Martuccelli deixa muitas reflexões sobre a modernidade. As entrevistas/conversações com o calejado arquiteto e professor Adolfo Córdova nos deixa muitos ensinamentos não só na área da arquitetura, o do importante processo de ação na busca da modernidade com o nascimento do “Agrupamento Espaço”, mais as reflexões que ele faz com a vida cotidiana de forma agradável de contar sua larga trajetória em pro do cambio, que na nossa maneira de ver - marcou e marcará ainda muito em dizer sobre o processo histórico da modernidade.

Goiânia, 23 de Janeiro de 2013..
Arq. Jorge Villavisencio.


Bibliografia
MARTUCCELLI, Elio; Conversaciones com Adolfo Córdova, Instituto de Investigación de la Facultad de Arquitectura, Urbanismo y Artes de la Universidad Nacional de Ingeniería, 2012.

Nota:
As citações apresentadas neste texto forem originalmente no idioma espanhol, a tradução forem feitos por Jorge Villavisencio.
As imagens F.01, F.04 e F.05 – forem scaneadas do livro original em espanhol “Conversaciones con Adolfo Córdova” de Elio Martuccelli (2012).