viernes, 7 de diciembre de 2012

Niemeyer é seu legado de cultura arquitetônica.

Niemeyer é seu legado de cultura arquitetônica.
Arq. Jorge Villavisencio

O dia 5 de dezembro de 2012, precisamente às 21.55 horas morre o mestre Oscar Ribeiro de Almeida Niemeyer Soares Filho aos 104 anos. No primeiro momento para que tem acompanhado seu extenso e valioso trabalho somos sensíveis pelo seu desaparecimento. Sendo este blog dedicado à arte da arquitetura pensamos que poderíamos fazer algumas reflexões, talvez a titulo pessoal de homenagear, mais com conotações da vida deste importante arquiteto da América do Sul.

F.01 - Congresso Nacional de Brasília.
Fonte: Arquivo pessoal – Jorge Villavisencio.

Niemeyer apresentou um extenso legado sobre seus projetos arquitetônicos, poderíamos referimos a uma “arquitetura moderna” onde possibilitou ter um olhar prospectivo, e claro como projeto moderno claramente definido como sabemos.

F.02 - Ministério de Educação e Saúde de Rio de Janeiro.
Fonte: Arquivo pessoal – Jorge Villavisencio.

Não poderíamos referimos a seu trabalho num só momento, mais bem em uma linha do tempo em etapas, para-nos que temos investigado ao longo do tempo podemos definir claramente três épocas da sua arquitetura, o moderno de 1928 a 1967, o contemporâneo de 1967 a 1991, e o pôs-contemporâneo de 1991-2012. Sobre este assunto trataremos de explicar num outro momento.

F.03 - Igreja São Francisco de Assis – Pampulha, Belo Horizonte.
Fonte: Arquivo pessoal – Jorge Villavisencio.

F.04 - Casa do Baile – Pampulha, Belo Horizonte.
Fonte: Arquivo pessoal – Jorge Villavisencio.

Também queremos contar um pouco de nossa vivencia/experiência que tivemos com Oscar Niemeyer. No ano de 1978 ainda estudantes de arquitetura da PUC-Goiás, ele veio a nossa escola a apresentarem seu livro “A forma da arquitetura”, devemos lembrar que Niemeyer voltava de seu exilio provocado pelo Golpe Militar no Brasil, é entendemos que em sua bela palestra em conjunto com o sociólogo e seu amigo Darcy Ribeiro, fizerem uma serie de reflexões sobre a arquitetura, lembro-me disto muito bem, tanto assim que marcou minha profissão de arquiteto e urbanista. Talvez Niemeyer avido por explicar seus projetos que tinha feito na França e Argélia, etc. Mais com uma simplicidade que é digna do verdadeiro mestre. Ao colocar que a arquitetura e secundaria o importante é o ser humano, o amigo, a isto gostaria de agregar que a arquitetura e o urbanismo são para as pessoas sem distinção de raça, credo, o nível socioeconômico, a “arquitetura é para todos”. O momento politico do Brasil era muito diferente da atualidade, nos arquitetos e estudantes de arquitetura procuramos ser mais políticos, claro na busca de uma democracia que seja concordante dos povos não só do Brasil, sino da maioria dos Governos militares que imperavam na América do Sul. Uma contaminação que esperamos que “nunca mais se repita”.

F.05 - Lembrança do professor Oscar Niemeyer no livro “A forma na Arquitetura”, Avenir Editora, Rio de Janeiro, 1978.
Fonte: Arquivo pessoal – Jorge Villavisencio.

Naquele livro que apresentava Niemeyer, que para ele era um pequeno texto onde se referia da “forma” ou o formalismo da arquitetura, talvez muito de nos preocupados com na organização dos espaços num lado mais funcionalista do tipo das teorias de Adolf Loos, mais entendemos muito bem que é parte de função “a forma”, as formas – as belas formas da estética, e não seria possível de apresentar um projeto que funcionasse muito bem, mais que tenha forma, a procura das formas belas. Com se refere ao longo do tempo que o que fascinam são as curvas, e não a linha reta.

F.06 - Edifício COPAN, São Paulo.
Fonte: Arquivo pessoal – Jorge Villavisencio.

Tenho assistido algumas vezes as reflexões que faz Niemeyer, mais poucas vezes refirio-se a seu Pai tão alegre, de sua Mãe, das suas tias Milota, Maria Eugenia, todos tão generosos sobre a vida, isso da à ideia da importância do professor Oscar no seu lado humano, a importância do “ser” é o que realmente interessa.

F.07 - Catedral Metropolitana de Brasília.
Fonte: Memorial JK – Juscelino Kubitschek.

Na varias entrevistas que forem publicadas pela sua morte (ver links embaixo), foi homenageado e se fala que ainda tem algumas de dezenas de projetos que forem concluídos, que pronto deverão ser iniciadas suas obras, por isso ainda teremos a Niemeyer em “espirito”, lembremos que ele era comunista de coração e agnóstico. Mais ele fez mais de duas dezenas de centros ecumênicos de diferentes religiões. Lembro-me do caso da Igreja Católica de São Francisco de Assis da Pampulha que cúria só deixa celebrar cultos ecumênicos quase 20 anos depois de inaugurada a igreja. Mais gostaríamos de ressaltar da Catedral Metropolitana de Brasília, que para mim é a grande obra do mestre Niemeyer, não só pela importância do lugar, ou pela religião, mais sim a síntese do era a arquitetura para Niemeyer. Talvez ao dizer a importância de sua Avo na vida dele “Valha-nos Deus Ribeira brava”.

F.08 - Cassino – Pampulha, Belo Horizonte.
Fonte: Arquivo pessoal – Jorge Villavisencio.

F.09 - Vista interior do Cassino – Pampulha, Belo Horizonte.
Fonte: Arquivo pessoal – Jorge Villavisencio.

Gostaria de terminar este pequeno texto, mais com sinceridade do caso, Niemeyer ainda estará vivo por muito tempo, e quedam as palavras do amigo Darcy Ribeiro que o arquiteto Oscar Niemeyer será o único brasileiro lembrado no século XXX. É possível sim porque a quantidade e qualidade de obras que deixa no Brasil e no mundo todo deixa esse legado de “cultura arquitetônica” para tudo mundo ver, arquitetos o não, e para todos , disfrutar e apreciar, independentemente si gosta o não, as obras estão ali, e o vivo reflexo de uma arquitetura moderna que ainda será tema discussão por muito tempo. Obrigado mestre Niemeyer por ter dado seu legado para o povo, não são de teu amado Brasil como você dizia, mais sim de uma arquitetura que ainda esta latente na América do Sul, digno representante deste espaço, essa é minha opinião.

Goiânia, 7 de Dezembro de 2012.
Arq. Jorge Villavisencio.


Nota:
Embaixo estão algumas publicações (entre o dia 5 e 6 de Dezembro de 2012) que forem feitas no transcurso da morte do arquiteto Oscar Niemeyer (1907-2012).

http://www.lemonde.fr/ameriques/portfolio/2012/12/06/oscar-niemeyer-l-architecte-de-la-sensualite_1800540_3222.html

http://elcomercio.pe/espectaculos/1506157/noticia-oscar-niemeyer-poeta-curvas-y-diez-frases-no-olvidarlo?ft=grid

http://www.nytimes.com/2012/12/06/world/americas/oscar-niemeyer-modernist-architect-of-brasilia-dies-at-104.html?hpw

http://www.latimes.com/news/obituaries/la-me-oscar-niemeyer-20121206,0,554245.story

http://edition.cnn.com/2012/12/06/americas/gallery/oscar-niemeyer-dies/index.html?hpt=hp_mid

http://www.bbc.co.uk/news/world-latin-america-17935688

http://www.internazionale.it/portfolio/gli-spazi-di-niemeyer/

http://www.bild.de/reise/2012/architekt/tod-niemeyer-architektur-brasilia-27547900.bild.html

http://www.granma.cu/espanol/noticias/6-diciembre-oscar-niemeyer.html


lunes, 12 de noviembre de 2012

Cidades, edifícios: aspectos tecnológicos – infiltrações.

Cidades, edifícios: aspectos tecnológicos – infiltrações.
Arq. Jorge Villavisencio

Uns dos aspectos que às vezes não são percebidos visualmente, mais em muitos casos criam desconforto são os problemas relacionados com as “infiltrações”, que na maioria das vezes a arquitetura e principalmente na maneira como nos comportamos nas nossas cidades pode amenizar este desconforto, na maioria das vezes se torna elementos de “risco”, pensamos que a falta de pesquisas/investigações sejam unos dos motivos para que no “ciclo hidrológico” que sempre existira, porque a mãe natureza sabe com perfeição como solucionar seus problemas, mais umas das faltas ou descaso mais palpitante é que no lugar da planificação de cidades e nos projetos e construções de edifícios não nos adaptamos a própria natureza (relevo), tentamos modificar as mesmas, muitas vezes sem necessidade, e como consequências temos desastrosos resultados na maneira como convivemos com nossos edifícios e cidades. Claro o comportamento das pessoas que habitas nestes espaços faz que torne ainda mais insustentável, criando ainda mais alterações no convívio no dia a dia. O proposito deste texto talvez seja visualizar estes espaços que forem construídos, ou alertar para os que ainda não forem construídos, desta forma posam ter “alternativas”, as que comumente utilizamos como maneira de projetação ou na planificação de cidades.

F.01 – Como estão nossas cidades?
Fonte: José Camapum de Carvalho e Ana Cláudia Lelis, Geotécnica, UNB, 2010.

Como primeira medida não podemos entender a projetação de um edifício si não conhecemos o “entorno urbano”, seria como isolar-se de uma problemática que esta latente no convívio de cidades, porque ao final de contas a gente vive em sociedade, e como é logico as soluções devem ser tomadas por “consenso”, como sabemos ter consenso não e uma tarefa fácil, mais é necessária, penso que no Ministério das Cidades obrigo em forma consciente que os municípios através de suas Prefeituras realizem seus “Planos Diretores”, de esta forma o planejamento no ordenamento territorial seja capaz de realizar diretrizes que norteiem seus consensos nos longos debates em que forem realizados, em especial ao “uso do solo”.

F.02 – Ciclo hidrológico.
Fonte: José Camapum de Carvalho e Ana Cláudia Lelis, Geotécnica, UNB, 2010.

Basicamente o ciclo hidrológico está relacionado com a agua, definindo: “a circulação de agua na atmosfera, nos estados solido, liquido o gasoso, esse movimento é mantido pela gravidade, pela energia solar, pelo efeito do vento e pelo próprio potencial de retenção de água do solo” (Carvalho, 2010:7). Pensamos que na medida que conheçamos as formas como se produzem na atmosfera estes elementos ditos por José Carvalho, podamos atenuar a problemática, que em resumo são seis: por precipitação, infiltração, escoamento, evaporação, transpiração e por ultimo por condensação.

No caminho das aguas existem fatores climatológicos em cada região, por isso é necessário conhecer as realidades, através de pesquisas ate certo ponto regionais. Cada cidade ou região guarda características diferentes, estes provocados por seu relevo, por seu clima, pela porosidade do solo, assim como fatores de descaso pelas autoridades publicas onde teve desmatamento, modificação (natural às vezes sem necessidade), como sucede em muitas cidades onde a exploração imobiliária e iminente, e nos usos no solo não são respeitados para o que foi planejado ou determinado, criando uma atmosfera diferente do que ela é.

O processo acelerado da expansão urbana é um fato social, mais na maioria das vezes sucede em forma incontrolada, agredir o meio ambiente faz que se perca qualidade de vida nas cidades e suas regiões. Como tínhamos dito anteriormente as politicas urbanas tem que ser em forma consensual, que é um instrumento básico para a supervivência. Penso que atualmente temos avançado em alguns casos, como exemplo o respeito ao meio ambiente se torna ou se tornará mais necessário, “As soluções urbanísticas nas cidades aliadas aso processo de educação e a conscientização ambiental da sociedade definirão o futuro do planeta” (Carvalho, 2010:9), sem sombra de duvidas a “cultura” como meio importante de conscientização das diversas problemáticas que vivem as cidades olham estas em “prospecção”, de esta forma se poderá minimizar os desconfortos que atualmente vivemos.

O equilíbrio ambiental é o sucesso, para uma boa qualidade de vida, a participação em todas suas formas se torna cada vez mais necessário, como exemplo fiscalizar as áreas publica, não é uma tarefa só dos governos de turno, porque eles passarão, mais nos que moramos nas nossas cidades temos a obrigação, com uma vida com mais saúde, não e possível que por uns poucos paguemos o preço tão alto em uma vida exacerbadamente sem controle nenhum, cabe a todos nos colocar um alto, no descaso que só buscam uma vida individualizada, em desapreço das maiorias, por isso é que temos direitos, mais também deveres a cumprir.

F.03 – Alternativas sustentáveis: Poços de infiltração feitos com pneus usados.
Fonte: José Camapum de Carvalho e Ana Cláudia Lelis, Geotécnica, UNB, 2010.

As novas pesquisas tecnológicas denotam alternativas mais sustentáveis, “Além das alternativas convencionais de materiais para construção dos poços de infiltração, podem ser utilizados materiais alternativos” (Carvalho, 2010:24). Penso que a procura de novas alternativas com tecnologia, além que soluciona em parte os problemas, como neste caso o excesso de agua, gera como pensamento cultural mais sadio e de forma sustentável.

F.04 – Bacias de Retenção.
Fonte: José Camapum de Carvalho e Ana Cláudia Lelis, Geotécnica, UNB, 2010.

Algumas propostas em forma tecnológica como as bacias de “retenção”, podem se tornar bacias permanentes, inclusive nas poucas áreas verdes existentes nas cidades, área publica como parques ou grandes praças poderiam solucionar em parte o excesso das aguas, sejam estas causadas pelas chuvas, além que cria uma imagem interessante na paisagem urbana, nestas lagoas artificiais de hoje, mais no futuro serão espaços definitivos, em que consideramos boas alternativas, com custo no muito alto, em relação ao custo beneficio da vida nas cidades.

F.05 – Bacias de Detenção.
Fonte: José Camapum de Carvalho e Ana Cláudia Lelis, Geotécnica, UNB, 2010.

As bacias de “detenção” também ser torna uma alternativa tecnicamente correta, talvez hoje a um custo elevado, porque estes espelhos de agua não só ajudam visualmente na, a maneira de paisagem melhora, mais soluciona em parte os excessos de aguas, a canalização da drenagem da rede publica pluvial pode ser levadas em parte a estes espaços, cidades como pouca humidade relativa no ar como na região do centro-oeste pode amenizar este problema, mais é necessário que a agua se faça recircular, evitando assim problemas de doenças através de insetos.

Por ultimo temos analisado que muitas vezes ao conseguir regularizar-se as edificações, rapidamente são modificados deixando de lado as áreas permeáveis (áreas verdes ou pisos com qualidade drenam-te) para transforma-los em lajes totalmente impermeável, prejudicando a vazão das aguas pluviais, como sabemos o problema não só e de aquela edificação, mais o problema persiste, e a cidade torna-se ainda mais insustentável, penso que a através de novos trabalhos científicos com técnica autossuficiente de maneira sustentável como as bacias de retenção ou detenção poderá minimizar em algo a problemática existente. Edificações que presam obedecer aos códigos de edificações, tem que arcar com custos extras nas suas edificações, utilizando tecnologia que impermeabilize seus edifícios através de mantas asfálticas ou produtos químicos, que resguardem contra o excesso de humidade, porque lembremo-nos que a tecnologia ajuda em resolver alguns problemas, mais a consciência que é pautada na cultura é mais concordante com as verdadeiras e reais necessidades da vida das pessoas que habitam em seus edifícios na sua cidade.

Goiânia, 12 de Novembro de 2012.
Arq. Jorge Villavisencio


Bibliografia

DE CARVALHO, José; LELIS, Ana Claudia; Cartilha Infiltração, Universidade Nacional de Brasília, Brasília DF., 2010.

ROAF, Sue; ECOHOUSE: A casa ambientalmente sustentável, Ed. Bookman, Porto Alegre, 2007.

http://jvillavisencio.blogspot.com.br/2011/01/sustentabilidade-e-busca-da-xi.html

lunes, 1 de octubre de 2012

Casa do Baile na Pampulha em Belo Horizonte: um olhar diferenciado.

Casa do Baile na Pampulha em Belo Horizonte: um olhar diferenciado.
Arq. Jorge Villavisencio

Para quem teve a sorte de conhecer in loco esta obra formidável do arquiteto Oscar Niemeyer, deixa para gente, muita reflexão do que é a arquitetura moderna. A obra da “Casa do Baile” (1940-1942) está localizada as margens da lagoa da Pampulha, na cidade de Belo Horizonte, capital do Estado de Minas Gerais. Considero ser um bairro bastante peculiar, claro este inspirado na proposta urbana do “visionário” o mineiro Juscelino Kubistchek (1902-1976) naquela época prefeito da cidade de Belo Horizonte.

F.01 – Obra da Casa do Baile (1940-1942) Pampulha-BH – de Oscar Niemeyer – o entorno.
Fonte: Jorge Villavisencio (2012)

Hoje este edifício cumpre um papel importante para a cidade, primeiro porque foi mantido na sua essência a “memoria” da cidade, assim como a espacialidade do projeto de uma arquitetura moderna que olha em prospecção. O uso atual do edifício que é utilizado como Centro de Referencia Urbano de Belo Horizonte. Consideramos importante seu uso, já que faz que seja conhecido não só pela população da cidade, sino para todos que visitam este espaço dedicado para a “cultura”, que é um passo importante para o desenvolvimento do povo que e tão carente destes espaços.

F.02 – Obra da Casa do Baile (1940-1942) Pampulha-BH – de Oscar Niemeyer – o espaço interior dedicado para o uso da “cultura”.
Fonte: Jorge Villavisencio (2012)

Sem sombra de duvidas as linhas sinuosas esta presente nos projetos de Niemeyer, tanto assim que ao dizer “que as linhas curvas é que o atraem”, e claro estes dois volumes em forma cilíndrica unida por uma passarela (marquise) que acompanha as linhas da lagoa, “... a arquitetura tira partido de sua implantação dentro da lagoa e estabelece um dialogo desenvolto pelas aguas através uma marquise ondulada que, ao mesmo tempo, protagoniza o espaço construído e emoldura, em conjunto com os pilares, a paisagem natural” (in. David Kendric Underwood, 2010).

F.03 – Obra da Casa do Baile (1940-1942) Pampulha-BH – de Oscar Niemeyer – a marquise como ato reflexivo do conceito da “promenade”.
Fonte: Jorge Villavisencio (2012)

Ao chegar ao edifício encontramos uma ponte que esta inserida entre a Avenida Otacílio Negrão de Lima (no. 751) e o edifício, entre eles se encontra um pequeno canal, que da a ideia de estar o edifício flutuando como si fosse uma ilha, que nos leva a uma reflexão profunda, como o expõe Martin Heidegger (1889-1976) no seu brilhante texto “Habitar, Construir, Pensar”, onde coloca de donde começa a ponte – da avenida ao edifício ou do edifício para a avenida, estó tem um fundo importante nos aspectos intuitivos do pensar sobre a arquitetura e na construção de cidades (no urbano), é claro, nos aspectos genéricos da vida comum.

F.04 – Obra da Casa do Baile (1940-1942) Pampulha-BH – de Oscar Niemeyer – vista da ponte.
Fonte: Jorge Villavisencio (2012)

No cabe duvida que a mão do paisagista do mestre Roberto Burle Marx (1909-1994) esta presente, nestas mãos do artista plástico que em minha opinião vem de pensamento do neoplasticismo, se atem a estas pinceladas que entregam essa magnitude que o obra precisa, e valido lembrar que o edifício da Casa do Baile pode-se dizer que é de pequeno porte em área construída (a diferencia de outras obras de Niemeyer), mais tem uma essência e qualidade espacial que nos leva a disfrutar como ato de “contemplação” que penso que Niemeyer propôs nesta obra.

F.05 – Obra da Casa do Baile (1940-1942) Pampulha-BH – de Oscar Niemeyer – desenhos originais de Oscar Niemeyer
Fonte: Exposição no edifício da Casa do Baile (hoje Centro de Referencia Urbano de Belo Horizonte – 2012)

Outro proeminente artista plástico nas mãos de Candido Portinari (1903-1962) que fez os diferentes murais nos seus azulejos que está presente na obra. Assim como a obra do Ministério de Educação e Saúde (1936-1947) de Rio de Janeiro, emblemático edifício da arquitetura moderna brasileira da época do prospectivo politico Ministro Gustavo Capanema (1900-1985), claro, baixo a tenacidade de Lucio Costa e da assessoria de Le Corbusier e dos “jovens arquitetos brasileiros” (Hugo Segawa, 1998) estó na época do Presidente Getúlio Vargas (1882-1954), não fosse sido possível que a obra da Casa do Baile tivesse a importância que em minha opinião e “relevante” não só para a arquitetura brasileira mais sim uma arquitetura moderna que procurava uma arquitetura com estilo internacional, mais considero que teve sim está obra a mão de uma arquitetura que era topicalizada dentro da paisagem tropical, algo que em algumas das obras de Niemeyer penso que teve o cuidado profundo. Só para lembrar as obras de Niemeyer da Pampulha for para ele seu “primeiro projeto individual” com projeção internacional, além claro que a arquitetura brasileira já participa do cenário internacional
.
F.06 – Obra da Casa do Baile (1940-1942) Pampulha-BH – de Oscar Niemeyer – vista parcial exterior do edifício – o paisagismo de Burle Marx.
Fonte: Jorge Villavisencio (2012)

Revisando algumas imagens (in loco) da historia deste edifício vi que nos anos 80 este edifício foi depredado (detonado: na gíria de uma linguística contemporânea), mais a tenacidade do próprio Niemeyer e claro dos políticos de turno puderam resgatar a originalidade e a importância deste edifício.

F.07 – Obra da Casa do Baile (1940-1942) Pampulha-BH – de Oscar Niemeyer – vista parcial.
Fonte: Jorge Villavisencio (2012)

Como tínhamos mencionado no inicio deste artigo, o edifício serve como Centro de Referencia Urbano de Belo Horizonte, penso que o edifício serve e servirá para as gerações futuras, não só como memoria arquitetônica, mais também como resgate cultural, é para mim, e penso que para muitos a sustentabilidade se dá como pensamento a futuro – por isso existe a frase celebre onde diz: “deixar para as gerações futuras”, e tudo isto deve estar imbuído num pensamento que não só pensa de forma prospectiva, sino também como uma nova perspectiva que este presente no pensar de uma cultura contemporânea.

Goiânia, 1 de Outubro de 2012.
Arq. Jorge Villavisencio


Bibliografia

BRUAND, Yves; Arquitetura contemporânea no Brasil, Editora Perspectiva, São Paulo, 2008.

FRAMPTON, Kenneth; Historia crítica da arquitetura moderna, Editora Martins Fontes, São Paulo, 2008.

NIEMEYER, Oscar; A forma na arquitetura, Avenir Editora, Rio de Janeiro, 1978.

OHTAKE, Ricardo; Oscar Niemeyer, Editora Publifolha, São Paulo, 2007.

NIEMEYER, Oscar; Minha Arquitetura 1937-2004, Avenir Editora, Rio de Janeiro, 2002.

UNDERWOOD, David Kendric; Oscar Niemeyer e o modernismo de formas livres no Brasil, Editora Cosac & Naify, São Paulo, 2010.

HEIDEGGER, Martin; Habitar – Construir – Pensar, de Conferencias y Artículos, Ediciones del Serval, Barcelona, {1954}, 2001.

http://jvillavisencio.blogspot.com.br/2011/05/pampulha-o-pensamento-de-visao-moderna.html

lunes, 24 de septiembre de 2012

Ensino da arquitetura (Segunda parte)

Ensino da arquitetura nas didáticas contemporâneas
Arq. Jorge Villavisencio

No ano de 2010 realize um texto sobre as reflexões no ensino da arquitetura (texto este foi escrito em espanhol) cujo titulo: “Visualizando la enseñanza de la arquitectura: del pasado-presente, hacia el futuro promissor” (1), que tratava no inicio dos uso das novas tecnologias e ferramentas (informática) no processo do ensino da arquitetura e no urbanismo; também fazia algumas reflexões no sentido de “estar ou não de acordo com aquele texto” desta forma se poderia encontrar ou dar-se para motivar novas formas “ideias ou ideais” no processo do ensino.

Então, si bem e certo que temos como base o pensamento moderno, onde este calcula e leva a ver a vida de maneira “prospectiva”, mais o termo moderno como base solida do “pensamento moderno”, muito diferente do pensamento contemporâneo, onde seja uma possível “perspectiva”, e só isso, e não um projeto claramente definido como foi na modernidade. Mais ambos os momentos da historia neste caso da arquitetura e da vida, porque e bom lembrar que a arquitetura esta dentro das ciências humanas aplicadas e que a arquitetura e o urbanismo estão feitos para os seres humanos, mais como dizia em ambos os momentos o que visa é o “futuro promissor”.

F.001 – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo – Universidade de São Paulo – FAU/USP.
Fonte: Jorge Villavisencio (2010)

Mais como explicava a teoria sobre o ensino da arquitetura que para P. Zumthor (2) ao dizer que: “A força do bom desenho radica em nos mesmos, nas nossas habilidades para perceber o mundo com emoção e com a razão. Um bom desenho arquitetônico e sensual. Um bom desenho arquitetônico é inteligente” (Tkinking Architeture, Birkhäuser, Basep, 1998:18-19), sem duvida é concordante a o que Oscar Niemeyer diz que principalmente “a arquitetura tem que emocionar”, e claro a “razão” esta imbuído no pensamento dos pós-guerras mundiais, onde não podemos gastar por gastar nos projetos e nas obras de forma arbitraria ou absurda, claro isto deverá ser visto de maneira ética e sustentável.

F.002 – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo – Escola do Ambiente – UNIEvangélica.
Fonte: Jorge Villavisencio (2010)

Também penso que nestes quatro enunciados como: a escala; espaço/tempo; o lugar e a materialidade, podem explicar os passos a seguir como um roteiro para prática das teorias acadêmicas, algumas qualidades que em muitos casos já faz parte da experiência/vivida pelo acadêmico [definamos melhor: pessoas que conheçam diversos lugares dentro e fora do pais], reforça essa capacidade de interação como a projetual e o vivido [ou pelo menos observado de forma leve – claro pela falta de experiência] a importância de conhecer e pesquisar pode fazer a diferencia no ato projetual, pareceria que vem a nossas mentes como um “estalo” onde podem ser resolvidos, ou pelos menos temos outras alternativas para a produção projetual. Como definição do projeto: “Esta se aproxima ao aluno ao processo projetual como busca da solução de um encargo. O programa aparece como ordenador e gerador de espaços e de suas relações” (2).

F.003 – Facultad de Arquitectura, Urbanismo y Artes – Universidad Nacional de Ingeniería, Lima - Perú, FAUA/UNI.
Fonte: Jorge Villavisencio (2010)

Uma das soluções de visão estão inseridas dentro a “heurística” como instrumento de auto ajuda para a solução como explica José Luque Valdivia “...a estrutura e um modelo construído pelo pesquisador partindo fatos como hipótese de trabalho, mais ao ser verificado, está adquire um caráter explicativo. Se trata de um modelo heurístico, de um instrumento de investigação que permite o descobrimento das leis gerais de dedução logica.” (3) Mais definamos que a “heurística” como arte de inventar ou descobrir, e desta forma poderia levar a possíveis soluções.

F.004 – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo – Universidade Mackenzie, São Paulo.
Fonte: Jorge Villavisencio (2010)

Dentre das varias definições do que é arquitetura, além claro, das definições históricas do tratado de Vitruvio “utilitas, firmitas e venustas” (século I) que derem bases para as outras, mais como entendemos a arquitetura estão complexa, que é difícil (impossível) de ter uma só definição exata, igual e especifica de uma só, mais tem algumas como as Alvar Aalto onde diz: “A arquitetura é uma criação artificial que como linguagem humana tem sustância formal. O mundo do formal e das operações das coisas, e das posições relativas entre elas, de suas relações abstratas com respeito a própria natureza, como e as matemáticas ou a musica”.(3) Este claro tem algumas implicâncias, pois desde o modernismo a procura por uma arquitetura que seja universal, em palavras de hoje arquitetura globalizada. Mais hoje como conceito contemporâneo fazer arquitetura ou cidades que sejam concordantes com o ambiente, a sustentabilidade depende disso – não tem como a natureza adaptar-se ao projeto/obra, seria mais pertinente que o projeto/obra possa adaptar-se ao maximo (si for possível) a natureza, porque lembremos muito antes do homem aparecer na terra, a mãe natureza já sabia como resolveria problemas no seu cotidiano.

F.005 – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo – Escola da Cidade, São Paulo.
Fonte: Jorge Villavisencio (2010)

E aqui vão outras reflexões, tantas vezes ditas pelo arquiteto baiano o mestre Joao Filgueiras Lima – Lelé, onde explica claramente que a finalidade da arquitetura esta na “obra construída e não só no projeto”, e claro porque poderíamos fazer um monte de projetos como exercício da vida acadêmica, mais sabemos que quando olhamos para nossas obras estas já construídas além da historia projetual e construtiva existem na teoria que estão inseridas na obra, como o todo, e não tem como no seja assim, o difícil e de explicar isso para os acadêmicos (as) e inclusive tenho reparado nestes últimos tempos que o aluno (a) esta muito interessado nas nossas experiências pessoais em nosso escritório/ate lie, sem sombra de duvida ao contar os casos (experiências vividas) – podem virar para os acadêmicos parte de seus “estudos de casos” que são assuntos muitos importantes para a decisão do partido arquitetônico ou urbanístico, as teorias e as historias estão aí apara a gente ver e reflexionar, desta a forma a critica da arquitetura e dos fenômenos que produzimos na organização dos espaços, onde estas criam e facilita a mesma critica da arquitetura, estas enuncias por Wayne Attoe. (4)

F.006 – Faculdade de Arquitetura, anos 40.
Fonte: não identificado.

Gostarias de terminar nosso texto, ou pelo menos deixa-lo por agora (ate uma terceira parte no futuro) porque entendemos que a temática sobre o ensino da arquitetura e muito amplo, e só através das partes que poderíamos no futuro entenderem o todo. Mais entendemos que o ensino da arquitetura se da com o “dialogo”, lembremo-nos da importante escola de arquitetura moderna da Bauhaus, onde o comprometimento aluno-professor era fundamental para o bom desenvolvimento do processo educativo, antes da projetação existia uma cumplicidade em conhecer de perto os diversos ofícios que são essenciais para o crescimento do aluno, e claro de uma escola de arquitetura e urbanismo com uma apropriada visão do todo, que como sabemos isto ocorre muitos antes da projetação.

Goiânia, 24 de Setembro de 2012.
Arq. Jorge Villavisencio


Bibliografia

(1) http://jvillavisencio.blogspot.com.br/2010/07/ensenanza-de-la-arquitectura-primera.html

(2) Revista de la Facultad de Arquitectura y Urbanismo A3 – Año 2, N° 3 – Pontificia Universidad Católica del Perú, Lima, 2008 – Texto: talleres 1 y 2 – Experiencias del Taller de Diseño del primer año, por Karen Takano; Adriana Scaletti; NelsyBeth Villapol. (p.18-27)

(3) Revista de Arquitectura, La forma del proyecto: enseñar y aprender a proyectar, Universidad de los Andes, Bogotá, Colombia, 2009. – Texto: La enseñanza del proyecto de arquitectura, por Philip Weiss Salas (p.54-73)

(4) ATTOE, Wayne; “La Critica en arquitetura como disciplina” – Escuela de Arquitectura y Panificación Urbana, Universidad de Wisconsin, Milwaukee, Editorial LIMUSA, México, 1982.

lunes, 10 de septiembre de 2012

Bertran: na busca do espaço no cerrado brasileiro

Bertran: na busca do espaço no cerrado brasileiro
Arq. Jorge Villavisencio

O historiador e poeta Paulo Bertran Wirth Chaibub (1948-2005) nascido na cidade de Anápolis, aquele da palavra inventada por ele “cerratense” para designar nesta parte do centro oeste brasileiro – o cerrado, como sabemos Bertran realizo uma basta pesquisa não só como uma historia do lugar como temos mencionado, sino nas formas de comportamentos e atitudes desta parte do Brasil.

                                     
SAUTCHUK, Jaime; Paulo Bertran: O Cerratense; apoio: Graça Fleury, Maria Helena Wirth, Instituto Bertran Fleury; Ed. IDESA – Instituto de Desenvolvimento Econômico e Socioambiental, SECULT, Goiânia, 2012.

Bertran tem lado artístico peculiar que faz parte de sua vida – a poesia sempre teve um lugar especial, pelo menos o que temos percebido nos seus textos. Mais sempre o quase sempre “valorando” a região, mais também contando algumas passagens de sua vida pessoal, em espacial de seus antecessores, a percepção que temos é que a família se torna fundamental, na maneira de expressar nas suas poesias como as que conta: “Meus Avós” ou dos “Fazendeiros Enxangues”, mais a “Mãe Terra”; “Serra Dourada:Pré-escrito com Areias e Casas”; “O ofertório das chuvas” entre outras faz parte do sentido de sua pesquisas.

A apesar de que seus estudos de bacharelado em Economia na Universidade de Brasília que poderia também ser em artes (poeta e musico que ele era), teve uma visão positivista, pouco depois continuo sua pós-graduação na França, “Pessoalmente, era uma enciclopédia ambulante, multidisciplinar, pois se embrenhava em todos os campos, da geologia, a geografia, da biologia, a botânica, da literatura, da arquitetura, das festas populares aos ritmos e danças – nada escapava ao seu meticuloso crivo.” (1)

Sem duvida uma cultura que lhe permitiu levar a determinados meta-pensamentos, que forem repassados através de seus textos, e claro das pessoas que conviverem com ele. Alguns de seus importantes trabalhos foram de esclarecer o Tratado das Tordesilhas (1494), percorreu toda essa imensidão do espaço desde Belém do Pará ate o litoral sul. Também fez uma pesquisa na cidade de Lisboa sobre o “Projeto de Resgate da Documentação Histórica da Capitania de Goiás”, só para lembrar que cidade de Goiás foi à antiga capital do Estado de Goiás, só a mudança da capital do Estado se realiza em 1933 no plano urbanístico realizado pelo arquiteto e urbanista Attilio Correa Lima. Curiosamente no mesmo ano se realiza a Carta de Atenas (1933) onde patuá com o pensamento do L´Esprit Nouveau todo isso aconteceu no Congresso Internacional de Arquitetura Moderna – CIAM.

Dentre seus escritos temos livros como: Formação Econômica de Goiás (1978); Uma Introdução Econômica do Centro Oeste (1988); Memoria de Niquelândia (1985); Historia de Niquelândia (1998); Noticia Geral da Capitania de Goiás (2 volumes – 1997); Historia da Terra e do Homem no Planalto Central (1994); Cerratenses (Poesias – 1998); Goiás (1722-2002); Cidade de Goiás: Patrimonio da Humanidade (2004); Memorial das Idades do Brasil (coautoria Graça Fleury – 2004); Palmeiras de Goiás: primeiro século (2005); Sertao do Campo Aberto (2007).

Também teve homenagens com seu nome estampado com selo (emissão personalizada) da Casa do Correios do Brasil; Troféu Chama Viva (in memoriam) da Academia Feminina de Letras e Artes de Goiás (2005); Premio Brasileiro Imortal pela Academia Brasileira de Letras (2008); Medalha da Ordem do Mérito Anhanguera – Governo do Estado de Goiás (2005); Premio Altamiro de Moura Pacheco - Assembleia Legislativa de Goiás (2011) e Comenda Padre Silvestre Alvares da Silva – Prefeitura de Jaraguá (2011).

“Um dia, no sertão,
o estio, vira boi e poesia

Oco do mundo
Buritizais na contra-luz

A vida a cantar
Cantar para subir a Serra.”

(poesia – Paulo Bertran)

Gostaria de terminar este pequeno texto valorizando a obras do ilustre poeta, historiador e pesquisador desta região do Planalto Central do Brasil – o cerrado, sem duvida Paulo Bertran teve um “espírito” muito persuasivo em querer fazer conhecer seu espaço natalício, isso talvez tenha um valor agregado, em valorar está região do Brasil, também por ter visto o nascimento da capital federal Brasilia, a nossa maneira de ver teve influencia nas suas pesquisas além da publicação de seus vários livros faz que sua sensibilidade espacial seja percebida nos seus textos. Valorar estes espaços e ter compromissos pessoais com a vida – ou ter-lha dignamente faz que tenha sentido ter vivido com intensidade. Valeu Paulo. Tenho certeza que outros “cerratenses” viram para continuar a semente que você e tantos outros ilustres cidadãos plantarem nesta parte do mundo.

Goiânia, 10 de Setembro de 2012.
Arq. Jorge Villavisencio.

(1) SAUTCHUK, Jaime; Paulo Bertran: O Cerratense; apoio: Graça Fleury, Maria Helena Wirth, Instituto Bertran Fleury; Ed. IDESA – Instituto de Desenvolvimento Econômico e Socioambiental, SECULT, Goiânia, 2012. (p.14)

lunes, 27 de agosto de 2012

Le Corbusier: e suas propostas de cidades

Le Corbusier: e suas propostas de cidades
Arq. Jorge Villavisencio

Si bem e certo que Le Corbusier (1887-1965) teve influencias no mundo todo, talvez um dos arquitetos autodidata mais importante do século XX. No caso de Sul América onde ele esteve no primeiro tercio do século passado (1929 – sua primeira vez) crio um “entusiasmo” através do Esprit Nouveau na arquitetura e o urbanismo para estes povos, claro em especial aos arquitetos que procuravam outras formas de projetar, como sabemos Le Corbusier esteve no Brasil, Argentina e Uruguai, que na realidade ele não fez grande quantidade de projetos, mais alguns deles como a coordenação da obra do Ministério de Educação e Saúde (época do Ministro Gustavo Capanema – 1936-1937) ou na casa feita para o médico argentino conhecido como a Casa Curutchet (1949-1953), que sem duvida marcarem seus trabalhos em definitiva nesta parte do continente Americano. E inclusive fez algumas propostas de estudos urbanos para as cidades de Rio de Janeiro e São Paulo.

Fonte: Instituto Le Corbusier – Projeto de cidade para São Paulo em 1929.
(Publicado no jornal a Folha de São Paulo – 22/08/2012)

A ideia deste texto é de levar algumas reflexões de Le Corbusier, aproveitando a exposição que será realizada (ver nota embaixo) das propostas de como para ele deveriam ser a cidades no futuro.

Segundo Lewis Mumford (1895-1990) no seu livro A Cidade na Historia no capitulo sobre o mito das megalópoles onde diz: “Esse mundo metropolitano é, portanto, um mundo onde a carne e o sangue são menos reais que o papel, a tinta e o celuloide. É um mundo em que as grandes massas humanas, incapazes de ter contato direito com os meios de vida mais satisfatórios, passam a viver por procuração, ora como leitores, ora como espectadores, ora como observadores passivos. Assim vivendo, ano após ano, de segunda mão desligados da natureza que esta fora deles e não menos desligados da natureza que está fora deles e não menos desligados da natureza íntima, não admira que se afastem cada vez de suas funções da vida, até mesmo no pensamento, para que as maquinas que seus inventores criaram. Naquele ambiente desordenado, apenas a maquina tem uma parte dos atributos da vida, ao passo que os seres humanos são progressivamente reduzidos a um feixe de reflexos, sem impulsos próprio de saída...” (p.663).

Como vemos é evidente que as cidades tomarem outros rumos, claro estes produzidos pela Revolução Industrial, a maquina como elemento de apoio para subsistência da vida, devemos entender que os avances tecnológicos eram o suporte ou pelo menos se achava que era o ideal, mais sem duvida o poder do capitalismo era e é atualmente o que comanda as decisões das pessoas, o poder do capital esta tão arraigada no pensamento contemporâneo, talvez seja algumas das formas de como somos e aonde vamos, mais consideramos que não e todo, tem outras essências nas espacialidades arquitetônica e urbana que estão aparecendo como alternativas – como exemplo os princípios da “sustentabilidade” que é uma temática que ainda temos que desvendar novos paradigmas, claro esta como visão “prospectiva”, não tem como no ser assim.

Fonte: Instituto Le Corbusier – Projeto de cidade para Rio de Janeiro em 1929.
(Publicado no jornal a Folha de São Paulo – 27/08/2012)

Quando Mumford faz ver que “somos incapazes de ter contato direito com os meios de vida mais satisfatórios”, talvez esta reflexão queira nos levar ao aprofundamento das capacidades humanas de ser mais ativos nas nossas ideais de fazer cidades de forma combativa e atuante, e não por meio de “procuração”, estar a mercê dos outros (políticos), quando a verdade a participação de todos no processo de construção das cidades, mais quando falamos de combativos – pode ser entendido como cobrança por parte dos outros, mais si as decisões do contexto sejam participantes (todos) se cria-se consensos que olham para solução das problemáticas que fazem parte da construção de cidades, e claro das produções e produtos do estudo do urbanismo.

Fonte: Le Corbusier – livro Por uma Arquitetura (Editora Perspectiva, São Paulo, 2009)
Loteamento Ortogonal de Le Corbusier.

Mais para Le Corbusier em seu livro Mensagem aos Estudantes de Arquitetura onde diz: “Já temos que preparar uma sinfonia: lei do sol, lugar, topografia, escala de projetos; circulação exterior, revelando a atitude da obra; circulação interna; infinitos recursos das invenções técnicas atuando, eventualmente, de acordo com os meios tradicionais; finalmente, a introdução de novos materiais e preservação de materiais eternos...” (p.47)

Em efeito como bem nos explica Le Corbusier, tem que ter uma harmonia das partes, como bem se sabe com o estudo das partes podemos entender a posteriori o todo, cada parte faz parte do processo, com está conotação do “infinito”, e das diferentes variantes que nos da o lugar, não e possível corresponder a diversos lugares em uma mesma dimensão, porque existe um processo constitutivo na mesma essência espacial do lugar, as regionalizações tantas vezes ditas por Frampton – mais sem duvida as essências do ver o todo como pautas em harmonia com as condições e necessidades das pessoas, respostas que são necessidades básicas, a construção dos espaços feitos pelos arquitetos e urbanistas se iniciam no mesmo debate das partes, posteriormente a “invenção” que são recursos de estes profissionais como elemento do processo projetual. Seria mais o menos como de contar um programa de necessidades sem que se tenha discutido as precisões que são necessárias, faltariam ambientes a ser construídos, estariam falhos, por isso os debates são necessários para que se possam vislumbrar as partes, e claro como tínhamos dito a arte e a técnica como oficio, talvez Le Corbusier se refira nas questões da “preservação de materiais eternos”.

Fonte: architectureandurbanism - Cité Industriaelle (1917) de Tony Garnier

As percepções das cidades modernas tiverem e terão sempre contradições, alias faz parte do convívio do urbanismo, “Embora Une Cité Industriaelle só tinha sido publicada em 1917, a contribuição dada por seu autor ao urbanismo contemporâneo já começava a ser reconhecida em 1920., quando Le Corbusier publico material de fólio da Cité na revista purista L´Esprit Nouveau” (Frampton, 2008:121)

A proposta de Tony Garnier (1869-1948) para esta cidade industrial, trabalho que realizo para conclusão do curso, o projeto de pensamento “utópico” (como sabemos este pensamento utopistas se consolida na Carta de Atenas no CIAM no ano 1933) além, claro do uso do concreto armado em grande escala, na proposta existe uma “setorização” que se torna a posteriori uma maneira de ver as cidades, com setores bem definidos como áreas exclusivas para habitação, lazer, cultura, administração da cidade, comercio, industrial, etc. E só lembrar da cidade de Brasília esta construída na metade dos anos 50 do século XX.

Si bem e certo os utopista (onde é possível) pensarem que o automóvel seria o elemento principal na proposta (este claro no deslocamento entre os diferentes setores da cidade) esquecendo um pouco das pessoas que transitam sem neste meio de transporte, por onde consideramos que a melhor maneira é através de um “transporte publico eficiente”, assunto que seria fundamental para o movimento das pessoas, porque lembremos que uma das caraterísticas da vida moderna está no “movimento”. Mais os utopistas criarem uma forma moderna de criar espaços (setores) que se definem pelo mesmo uso que está aderido.

Por ultimo, como tínhamos dito anteriormente, as cidades sempre existirá problemáticas, faz parte do viver e conviver das mesmas e corresponde aos arquitetos e urbanistas presentar outras “alternativas” de solução. Mais hoje não só estes profissionais irão a dar as possíveis respostas ou soluções, sino através das equipes multidisciplinares nas diferentes áreas de atuação, temos que nos acostumar a trabalhar mais em equipe, mais depois das exposições e debates, em especial com o povo que são os usuários das cidades (parte fundamental para o sucesso o não das cidades), corresponde aos arquitetos e urbanistas efetuar os desenhos pertinentes.

Goiânia, 27 de Agosto de 2012.
Arq. Jorge Villavisencio


Bibliografia:

MUMFORD, Lewis; A Cidade na Historia, Ed. Martin Fontes, São Paulo, 2008
.
LE CORBUSIER; Mensagem aos Estudantes de Arquitetura, Ed. Martin Fontes, São Paulo, 2005.

LE CORBUSIER; Por uma Arquitetura, Ed. Perspectiva, 2009.

FRAMPTON, Kenneth; Historia critica da arquitetura moderna, Martin Fontes, São Paulo, 2008.

Nota:
(1) Exposição das propostas de cidades para Rio de Janeiro e São Paulo. http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/1140819-exposicao-reune-projetos-urbanos-de-le-corbusier-para-sp-e-rio.shtml

http://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/1142772-exposicao-retrata-encantamento-de-le-corbusier-em-viagem-pela-america-do-sul.shtml

(2) Pesquisa sobre a Cité Industriaelle (1917) de Tony Garnier. http://architectureandurbanism.blogspot.com.br/2010/11/tony-garnier-une-cite-industrielle-1917.html


viernes, 24 de agosto de 2012

Urbanismo: na procura de uma visão mais contemporânea.

Urbanismo: na procura de uma visão mais contemporânea.

O Instituto de Arquitetos do Brasil, Departamento do Rio Grande do Sul (Porto Alegre-RS) recentemente preparo este “decálogo” do urbanismo contemporâneo, sobre este queremos dizer que as cidades de hoje, pelo menos no Brasil estão na procura de uma “perspectiva” desta forma foi possível contribuir e pautar através de este decálogo penso que seja prioritário, claro a maneira de sínteses algumas questões ou diretrizes onde possam levantar novas oportunidades com vistas ao “futuro” vejamos quais são:


Por um PROJETO DE CIDADE

10 pontos fundamentais para as próximas administrações municipais construírem um Projeto de Cidade
Contribuição dos Arquitetos e Urbanistas – IAB RS

1. Planejar para desenvolver a cidade com sustentabilidade

Tema: PLANEJAMENTO URBANO

- Retomar o planejamento urbano de médio e longo prazo como ferramenta central de um projeto de cidade voltado para a promoção da igualdade social;
- Elaborar PROJETO DE CIDADE expresso em um Plano Diretor que atenda a Constituição Federal e ao Estatuto da Cidade;
- Implementar sistemas de gestão do planejamento que valorizem órgãos técnicos e os conselhos públicos, disponibilizando a informação e oferecendo os instrumentos de acompanhamento e monitoramento do desenvolvimento urbano.

2. Participação é um direito e uma garantia de cidadania

Tema: PARTICIPAÇÃO SOCIAL

- Garantir a participação da comunidade em todas as etapas do processo de planejamento urbano, inovando e avançando em relação às práticas vigentes;
- Informar, expor, debater e submeter à sociedade os projetos para a cidade e os grandes investimentos públicos;
- Garantir nas administrações municipais a democracia e a transparência nas decisões sobre a cidade e o papel do poder público como mediador dos conflitos e indutor do desenvolvimento.

3. Projeto urbano qualifica a cidade para todos

Tema: PROJETO URBANO

- Valorizar o projeto urbano como ferramenta do plano diretor para qualificação dos espaços e equipamentos públicos;
- Qualificar as intervenções na cidade, para alcançar, a partir da coordenação do poder público, transformações urbanísticas, melhorias sociais e valorização ambiental;
- Efetivar a utilização da Operação Urbana Consorciada, prevista no Estatuto da Cidade, como instrumento de projeto de setores urbanos.

4. Espaço público é o lugar do encontro e da troca

Tema: ESPAÇO PÚBLICO

- Promover políticas de criação e qualificação de espaços públicos ‐ ruas, praças, parques, equipamentos públicos – mediante a valorização do projeto urbano e dos concursos públicos;
- Realizar intervenções que promovam a diversidade socioeconômica da cidade e a integração de diferentes políticas setoriais e escalas territoriais;
- Potencializar o espaço público como lugar do encontro, da convivência social e não como terra de ninguém;
- Garantir a acessibilidade universal aos portadores de necessidades especiais.

5. Mobilidade é prioridade ao pedestre e transporte público de qualidade

Tema: MOBILIDADE URBANA

- Promover política pública de mobilidade urbana garantindo o direito de deslocamento, por diversas modalidades a todos os cidadãos;
- Estimular os modos de transporte não motorizados com vistas a reduzir o consumo de combustíveis fósseis através da implantação de uma rede eficiente de ciclovias e da qualificação dos percursos de pedestres;
- Priorizar a qualificação do transporte coletivo, para reduzir o uso do veículo privado e o espaço público destinado aos automóveis; - Integrar a política de mobilidade urbana às demais políticas de desenvolvimento urbano como uso do solo, densificação, paisagem urbana e patrimônio cultural.

6. A paisagem da cidade é patrimônio de todos

Tema: PAISAGEM URBANA E PATRIMÔNIO
- Buscar a sustentabilidade da cidade, incorporando a perspectiva de longa permanência das construções no tempo, valorizando a idéia de que adequar e reciclar edifícios é mais sustentável do que demolir;
- Propor planos que mantenham a identidade dos bairros, qualificando seus espaços e respeitando as preexistências, de forma a reforçar os vínculos do cidadão com a história da cidade;
- Valorizar políticas de patrimônio ambiental ‐ natural e cultural
‐ voltadas à qualificação espacial das paisagens representativas, em diferentes escalas territoriais.

7. Habitação com qualidade e integração das comunidades

Tema: HABITAÇÃO SOCIAL

- Valorizar projetos habitacionais que priorizem a inserção da habitação de interesse social no tecido urbano existente construindo bairros e não guetos;
- Garantir o direito à cidade, entendido como acesso à habitação, ao transporte, aos equipamentos urbanos e comunitários, ao trabalho, à renda e a um ambiente equilibrado para todos os cidadãos;
- Projetar e construir moradias que considerem as diversidades paisagísticas, climáticas e topográficas, assim como as diversas composições familiares das populações;
- Realizar programas voltados à requalificação e à adaptação de edificações desocupadas ou subutilizadas em áreas urbanas centrais, principalmente nos centros urbanos.

8. Morar com dignidade é um direito de todos

Tema: ASSISTÊNCIA TÉCNICA À MORADIA

- Divulgar e implementar a assistência técnica gratuita para as famílias de baixa renda assegurando o direito à construção de moradia digna e o direito à assistência de um profissional qualificado;
- Operacionalizar a Lei da Assistência Técnica à Moradia para Famílias de Baixa Renda (Lei 11.888/2008) conforme previsto na legislação, garantindo à população serviços de profissionais habilitados, tanto em novos assentamentos como em projetos de regularização fundiária e urbanística.

9. Concursos públicos de projetos para obras públicas

Tema: CONCURSOS PÚBLICOS DE ARQUITETURA E DE URBANISMO

- Exigir a realização de concursos públicos de arquitetura e urbanismo abertos à todos os profissionais ou equipes qualificadas tecnicamente para estudar, avaliar e propor soluções para a cidade;
- Eliminar a prática de contratação de projetos através de licitações de menor preço e as questionáveis e antiquadas contratações de “notório saber”;
- Valorizar concursos públicos como instrumento para a conquista de cidades mais sustentáveis, justas e belas.

10. Arquiteto é o profissional que faz edifícios, praças e parques, cuida do patrimônio, planeja a cidade...

Tema: ATRIBUIÇÃO PROFISSIONAL

- Reconhecer as atribuições legais do profissional arquiteto e urbanista de atuação no projeto e execução de edificações, espaços e equipamentos públicos, projeto urbano, planejamento urbano, patrimônio cultural e natural;
- Valorizar o arquiteto como o profissional que adquire, por formação, a capacidade para propor, em conjunto com outros profissionais e a sociedade, as melhores soluções para a estruturação do espaço urbano em diferentes escalas.

Fonte: Instituto de Arquitetos do Brasil ‐ Departamento do Rio Grande do Sul CENTRO CULTURAL IAB‐RS / SOLAR CONDE DE PORTO ALEGRE / secretaria IAB‐RS: (51) 3212‐2552


No cabe que neste decálogo encontramos uma serie de produtos que são sensíveis e questões que devem ser levantas com o proposito de re-ordenar ou re-vitalizar os pensamentos de como devemos atuar em nossas cidades.
É desta forma como devemos atuar os arquitetos e urbanistas, como diz Lewis Mumford em seu livro A Cidade na Historia (p.662) sobre o destino das megalópoles “...chegamos a toda uma série de processos terminais, e seria simplicidade da mente acreditar que tem qualquer perspectiva de continuar a existir indefinidamente.”, claro esta cita reverte uma “provocação”, porque como sabemos as cidades sempre existiram, com deficiências, porque como sabemos a arquitetura e o urbanismo tenta solucionar os problemas que são inerentes do convívio dos cidadãos.
Lembro também das palavras do mestre Oscar Niemeyer, onde as cidades “não podem crescer indefinidamente, e deveria criar um cinturão verde com o proposito de limitá-la”.

Mais como sabemos o êxodo rural na busca de cidades que tenham “conforto” urbano que seja permissível a levar a vida com qualidade, ate com certo pensamento utopista, mais é possível, algumas cidades como nos países baixos na Europa tem conseguido viver com certa visão de conforto e qualidade, e claro com visão “sustentável”, que é assunto na temática contemporânea, estar fora deste processo de visão e inadmissível.

Penso que “pautar” é necessário porque oferece oportunidades com visão “prospectiva”, o grupo de trabalho do IAB-RS tem se esforçado em querer pautar as necessidades talvez básicas, mais forçosas para colocar nas discussões e debates que são necessários com miras ao futuro, mais e bom termo lembrar que o futuro é agora, por isso das prioridades são colocadas com o intuito talvez de procurar novas perspectivas.

Goiânia, 24 de Agosto de 2012
Arq. Jorge Villavisencio

sábado, 11 de agosto de 2012

ÍNDICE: Blog - arquitecturavillavisencio – Arquiteto Jorge Villavisencio Ordóñez (6° Parte)

ÍNDICE: Blog -  arquitecturavillavisencio – Arquiteto Jorge Villavisencio Ordóñez (6° Parte) Índice – (Março 2009 a Dezembro 2013)



2013
Dezembro 2013
205. A comutação entre o diálogo e o desenho. 14/12/13
Novembro 2013
204. Percepções contemporâneas da publicação de revistas de arquitetura e urbanismo. 05/11/13
Outubro 2013
203. Perspectivas dos arquitetos e urbanistas do Brasil. 28/10/2013
202. A intenção entre a teoria e a pratica da arquitetura. 12/10/13
Setembro 2013
201. A função da cidade mundial. 04/09/2013
Agosto 2013
200. Questões de mobilidade urbana a ser repensadas. 28/08/2013
Julho 2013
199. Eventos em Sudamérica sobre Arquitetura Hospitalar. 31/07/2013
Maio 2013
198. Michel Foucault: o nascimento do hospital moderno. 02/05/2013
Abril 2013
197. Arquitetura Hospitalar em Buenos Aires. (2013). 08/04/13
Março 2013
196. 10 motivos para contar com a ajuda de um arquiteto. 03/03/13
Fevereiro 2013
195. Hugo Segawa em Goiás. 25/02/13
194. Evento FAU/PUCP 2013. 24/02/2013
193. Ambiência na saúde: informação sobre o curso. 04/02/13
Janeiro – 2013
192. Adolfo Córdova: e suas percepções sobre a arquitetura do Perú. 23/01/2013
191. O sentido da modernidade brasileira. 13/01/13

2012
190. Niemeyer é seu legado de cultura arquitetônica. 07/12/12
Novembro – 2012
189. Cidades, edifícios: aspectos tecnológicos – infiltrações... 12/11/12
Outubro – 2012
188. Casa do Baile na Pampulha em Belo Horizonte: um... 01/10/12
Setembro – 2012
187. Ensino da arquitetura (Segunda parte)... 24/09/12
186. Bertran: na busca do espaço no cerrado brasileiro... 10/09/12
Agosto – 2012
185. Le Corbusier: e suas propostas de cidades... 27/08/12
184. Urbanismo: na procura de uma visão mais contemporânea... 24/08/12
183. ÍNDICE: Blog - arquitecturavillavisencio – Arquitetura... 11/08/12
182. RIO+20: na busca de novas perspectivas. 05/08/12
Julho - 2012
181. O parque das Oliveiras de San Isidro – Lima: num..., 16/07/12
Junho – 2012
180. Giedion: na visão inspiradora de prospectiva moderna, 15/06/12
179. Olhar para o futuro: Agenda 21 – mais o futuro é agora, 07/06/12
Maio – 2012
178. Mindlin: na procura do equilíbrio moderno da arquitetura, 29/05/12
177. Arquitetura moderna e contemporânea brasileira: es...,03/05/12
Abril – 2012
176. Goiania y su Centro de Cultura “Oscar Niemeyer”, 23/04/12
175. Attilio Correa Lima: nos primórdios da arquitetura..., 13/04/12
174. O intrinsico da criatividade na arquitetura, 08/04/12
Março – 2012
173. São Paulo: onde todo começo do passado ao presente..., 24/03/12
172. Cusco: a cidade das varias percepções, 11/03/12
Fevereiro – 2012
171. Inclusão urbana, na visão de Paulo Ormindo de Azevedo, 26/02/12
170. Glusberg: idealizando um constructo, 10/02/12
Janeiro – 2012
169. Legorreta: uma arquitetura contemporânea com entusiasta, 27/01/12
168. Souto de Moura e seu Pritzker, 11/01/12

2011 
Dezembro – 2011
167. Arquitetura: redes, imagens e o imaginário, 27/12/11
166. Zaha Hadid e sua inquietude sobre a arquitetura, 01/12/11
Novembro – 2011
165. Paraná na Exposição Brasileira em Barcelona, 24/11/11
164. Seoane Ros e seu edifício da Diagonal: na procura ..., 13/11/11
163. Trianon Paulista: a área verde cosmopolita que pre..., 02/11/11
Outubro – 2011
162. Unidade na Diversidade: Candidatura para o Conselho de Arquitetos e Urbanista do Brasil, 09/10/11 161. Peter Behrens: o impulso lírico sobre a semiótica, 02/10/11
Setembro – 2011
160. Estruturas tensionadas e sua versatilidade da forma,17/09/11
159. Machu Picchu: a importância do primeiro centenário, 01/09/11
Agosto – 2011
158. A invenção do espaço construído, 16/08/11 157. Piura: e sua mirada na procura da prospecção urbana, 07/08/11
Julho - 2011 
156. Índice – (Janeiro 2011 a Julho 2011) Blog: arquitecturavillavisencio – Terceira Parte.
155. Elder Rocha Lima y su guía arquitectónica sentimental 24/07/11
154. Roberto Segre: sus visiones de la arquitectura Latinoamericana 14/07/11
153. FAUA/UNI: o decálogo dos 100 anos intensos do ensi... 01/07/11
Junho – 2011
152. Goiânia e sua representação da historia arquitetôn... 11/06/11
151. Holanda: percepções preventivas no espaço urbano e... 02/06/11
Maio – 2011
150. Circuitos da Arquitetura Moderna Brasileira na cid... 24/05/11
149. Pampulha: o pensamento de visão moderna da arquite... 14/05/11
148. Edifício Martinelli: o processo de verticalização... 06/05/11
147. Estatísticas, arquitetura, urbanismo e textos: alg. 01/05/11
Abril – 2011
146. Vidro na arquitetura: visão de síntese utilitarista 20/04/11
145. Arquitetura Hospitalaria na cidade de Buenos Aires... 11/04/11
144. Belém: uma questão de identidade arquitetônica 02/04/11
Março – 2011
143. Ministério de Educação e Saúde (1936-1943) Rio de Janeiro 27/01/11
142. Evento en Lima-Perú - CICLO DE CONFERENCIAS: HOMBR... 07/03/11
141. Escola da Bauhaus: as teorias e práticas inspirado... 02/03/11
Fevereiro – 2011
140. Sustentabilidade: a arquitetura na vivenda unifamiliar 15/02/11
139. Kandinsky: e suas relações com a Escola das artes 06/02/11
Janeiro – 2011
138. Catedral de Rio de Janeiro e seu lado formalista 27/01/11
137. Desastres naturais: historia urbana de Lima do séc. 13/01/2011
136. Sustentabilidade é a busca da XI Conferencia das Cidades 04/01/11
135. Blog: arquitecturavillavisencio – Arquiteto Jorge Villavisencio Blog: arquitecturavillavisencio – Arquiteto Jorge Villavisencio Ordóñez (2° Parte)

2010
Dezembro - 2010
134. Conselho de Arquitetos e Urbanistas do Brasil – CAU. 21/12/10
133. James Stirling e o inquietante mundo dos estilos arquitetônicos. 15/12/10
132. Michel Foucault y sus teorías de la arquitectura hospitalaria: analogías en la busca de nuevos conceptos espaciales. 04/12/10
Novembro – 2010
131. O expressionismo na busca da plasticidade do movimento moderno do estilo “De Sitlj”. 24/11/10 130. Kenzo Tange (丹下健三): arquitetura moderna. 14/11/10
129. Conceitos das teorias da arquitetura moderna de Le Corbusier. 04/11/10
Outubro – 2010
128. Escola de Chicago – entre o lado formal e as novas tecnologias construtivas modernas. 19/10/10
127. Rafael Marquina – visualizando sua arquitetura hospitalar. 13/10/10
126. Mario Vargas Llosa – Premio Nobel na Arte da Literatura. 10/10/10
125. Adolf Loos – arquiteto moderno funcionalista. 03/10/10
Setembro – 2010
124. Arquitetura Hospitalar em Latino America 24/09/10
123. Arquitetura – construção ecológica. 23/09/10
122. Art Nouveau – Arquitetura Moderna 19/09/10
121. Historiografia da arquitetura moderna (1 Parte) 11/09/10
120. Índice (06/03/2009 a 07/09/2010) blog: arquitecturavillavisencio 07/09/10
119. Louis I. Kahn: arquitetura moderna 05/09/10
Agosto - 2010
118. Art Déco: arquitetura moderna do século XX 24/08/10
117. Urbanismo moderno no Brasil 17/08/10 116. De Idea a Ideal – sustinere. 15/08/10
115. Cartesiano e o Sustentável 12/08/10
114. Mies van der Rohe magnetismo da sua arquitetura mo... 09/08/10
113. Arquitectura: Edificio de la Facultad de Arquitect... 04/08/10
Julho - 2010
112. Enseñanza de la Arquitectura (Primera Parte) 31/07/10
111. Arquitectura: Galería del Rock (1963) de São Paulo... 18/07/10
110. Le Corbusier - Charles Édouard Jeanneret-Gris 11/07/10
109. Sustentabilidad: arquitectura y urbanismo 04/07/10
Junho - 2010
108. COPAN – entre o côncavo e o convexo. 28/06/10
107. Ensino da Arquitetura: FAUA/UNI nos seus primeiros... 20/06/10
106. Urbanismo: Cartografia e o Imaginário Urbano. 08/06/10
105. Carta de Atenas – 3 Parte. 01/06/10
104. Arquitetura: condições contemporâneas sobre o meio...
Maio - 2010
103. IAB – Goiás 14/05/10
102. A metodologia do projeto arquitetônico 11/05/10
101. Arquitetura e a Pintura contextualizam: a visão de... 06/05/10
100. Brasília – do passado ao presente. 01/05/10
Abril - 2010
99. João Filgueiras Lima – Lelé em Anápolis 2010. 22/04/10
98. Frank Lloyd Wright 18/04/10
97. Processo Arquitetural 11/04/10
96. Sustentabilidade Urbana 06/04/10
95. EREA GOIÂNIA 2010 05/04/10
Março - 2010
94. Carta de Atenas – 2 Parte. 29/03/10
93. Carta de Atenas – 1 Parte. 28/03/10
92. A historia da preservação - HTC 25/03/10
91. O que é certo e o que está errado no ambiente físi... 25/03/10
90. Arquitetura Sustentável No. 02 19/03/10
89. Arquitectura Sustentable o Sostenible 19/03/10
88. Método e intenção na concepção arquitetônica 01/03/10 de
87. Fatos e Modelos na arquitetura 01/03/10
86. Uma abordagem possível à gestão do desenho 01/03/10
85. A arquitetura de Rafael Moneo. 01/03/10
Fevereiro - 2010
84. Percepção e construir o conceito 27/02/10
83. As Contradições Culturais do Capitalismo 27/02/10
82. Jørn Utzon – A arquitetura: projeto humanístico. 27/02/10
81. Niemeyer: Pensamentos sobre a situação Latino Amer... 27/02/10
80. Arquitetura orgânica: corpo e mente. 27/02/10
79. A arquitetura: Ideologia – Sensações – Filosofia. 27/02/10
78. O dimensionamento e avaliação do processo de imple... 27/02/10
77. A análise morfológica: algumas aplicações imediata... 27/02/10
76. Arquitetura e Urbanismo na nova visão ao cambio cl... 27/02/10
75. A crítica filosófica do behaviorismo na concepção ... 23/02/10
74. A dinâmica dos espaços físicos da unidade de compo... 23/02/10
73. Aplicação do PVC na construção de edificações. 23/02/10
72. A concepção de sistemas interligados a partir de u... 13/02/10
71. A evolução das estruturas do ambiente 13/02/10
70. Os métodos de desenho e a programação posta na prá... 13/02/10
69. Arte y Sociedad Latinoamericana 24/01/10
Janeiro - 2010
68. La Arquitectura Peruana del siglo XX - Mirko Lauer... 24/01/10
67. El control de las infecciones hospitalarias y su a... 16/01/10
66. Arquitectura – Historia y Arquitectura – Crítica: ... 16/01/10
65. Cyborg Urbanización: complejidad y monstruosidad e... 15/01/10
64. Wiley Ludeña y sus ideas de la arquitectura peruan...14/01/10
63. Consecuencias de la Modernidad 14/01/10
62. Imaginarios y discursos médicos de Isaac Sáenz 11/01/10
61. Lucio Costa y Brasilia DF. 10/01/10
60. La Casa Osambela de Lima 09/01/10
59. João da Gama Filgueiras Lima (Lelé) 09/01/10
58. ¿Qué es arquitectura? 09/01/10
57. Arquitectura y Cultura 09/01/10
56. La Arquitectura y los Arquitectos 09/01/10

2009
Dezembro - 2009
55. “HISTORIA DEL DESARROLLO DE LA PROGRAMACIÓN EN LA ... 23/12/09
54. La contaminación y el medio ambiente. 23/12/09
53. Robert Charles Venturi - Casa Vanna-Venturi 23/12/09
52. Critica arquitectónica de la “Catedral de Brasilia... 23/12/09
51. Clarice Lispector 23/12/09
50. Nicanor Wong en un acercamiento de la lógica proye... 23/12/09
49. Historia del Arte como Historia de la Ciudad 23/12/09
48. Lionelo Venturi: ingenuidades, de imaginações da c... 23/12/09
47. Marc-Herri Wajnberg: El Museo de Arte Contemporáne... 23/12/09
46. La Lógica Proyectual: Museo de Arte Contemporáneo ... 23/12/09
45. Lógica Proyectual en la Arquitectura y el Urbanis... 23/12/09
44. THE LANGUAGE OF MODERN ARCHITECTURE 23/12/09
43. Movilidad (espacial) y vida cotidiana en contextos... 23/12/09
42. TENDENCIAS INVESTIGATIVAS NA FORMAÇÃO DE PROFESSOR... 23/12/09
41. METODOS Y TÉCNICAS DE INVESTIGACIÓN 23/12/09
Novembro - 2009
40. The new baroque time 18/11/09
39. "arquitetura hospitalar no Brasil" 18/11/09
38. LA FABRICACIÓN DE NUEVAS PATOLOGÍAS. De la salud a... 18/11/09
37. Justo Homenaje de España al Profesor Oscar Niemeye... 08/11/09
36. Arq. Louis Sullivan 07/11/09
35. Microhistory of the modern City: Urban Space, Its ... 07/11/09
34. Enrique Seoane Ros 07/11/09
33. "La condición postmoderna" 05/11/09 32. Denis Diderot - Tercera Parte 05/11/09
31. Vers une architeture (1922) Le Corbusier - Segunda... 05/11/09
Outubro - 2009
30. Habitar – Construir – Pensar - Conferencia y Artíc... 06/10/09
29. "Ariadna y Penélope analogías de la Ciudad" 06/10/09
28. "La Modernidad: Ayer, Hoy y Mañana" 06/10/09
27. “Vers une architeture”(1922) - Le Corbusier - Prim... 06/10/09
26. "Denis Diderot" - Segunda Parte 06/10/09
25. "Capitalismo Colonial Moderno" 06/10/09
Setembro - 2009
24. Historiográfia del Arte y la Arquitectura - Denis ... 25/09/09
23. Defensa del Patrimonio Arquitectónico del Perú – P... 25/09/09
22. Urban sanitation - conceptual map 06/09/09
21. Transfer of the cities in Latin America 06/09/09
20. Crítica de la Arquitectura - Tercera parte 06/09/09
Agosto - 2009
19. Arquitectura Posmoderna - Clasico versus Caos 28/08/09
18. Los discursos de las libertades y del bienestar 17/08/09
17. "Pensamiento Neoperuano en el Arte y la Arquitectura 17/08/09
16. Mapa Conceptual de la Modernidad 17/08/09
15. Criticism in the Architecture and discipline
Julho - 2009
14. Arquitectura en Goías - Brasil 12/07/09
13. "Abstraction" 12/07/09
12. “Emergent Systems” 12/07/09
11. "Modernidad y Posmodernidad" 12/07/09
10. “The Architectonic Critic” 12/07/09
Maio - 2009
9. ENANOS MODERNOS A HOMBROS DE ANTIGUOS GIGANTES 14/05/09
Abril - 2009
8. Methods in Architeture - Geoffrey Broadbent... 05/04/09
7. APPLICATION OF THE NEW TECHNOLOGIES IN THE PEDAGOG... 05/04/09
6. Vitruvio (I siglo dc.) - Libro Primero 05/04/09
Março - 2009
5. “Reflexiones filosóficas económicas” 06/03/09
4. “Nace la palabra Estética” 06/03/09
3. “Pensamientos sobre el Profesor Oscar Niemeyer” 06/03/09
2. “Estudio sobre las nuevas ideas: proyecto borbónic... 06/03/09
1. Finalidad del Blog 06/03/09. Inicio do Blog: arquitecturavillavisencio.